HQs/Mangás

Resenha: Ms. Marvel - Últimos dias

31 agosto


Título: Ms. Marvel - Últimos dias
Autores: Wilson e Alphona
Editora: Panini Comics
Páginas: 124
Ano: 2018

"Ms. Marvel - Últimos dias" vem para encerrar uma fase da Kamala Khan para dar origem a uma nova que começa no encadernado "Superfamosa" que já está disponível para a venda junto com o seu subsequente, mas por motivos financeiros ainda não tenho esses volumes. O que eu posso dizer desse desfecho é que é incrível, já estava na espera pelo encontro de Kamala Khan e Carol Denvers (a primeira Ms. Marvel) que aparece nesse volume como Capitã Marvel e esse crossover atendeu as minhas expectativas da melhor forma possível.

O quarto encadernado reúne os volumes 16 a 19 de Ms. Marvel, que continua sendo escrito pela G. Willow Wilson e nessa edição volta a ser ilustrado por Adrian Alphona, essa parceria continua funcionando bem e traz mais uma edição que não tem como colocar defeito. Como já disse em "Últimos dias" rola o tão esperado encontro entre a Capitã Marvel e a atual Ms. Marvel, que está encarando os últimos dias do Universo Marvel, a Kamala é super fã da Carol Denvers e não foi por acaso que adotou o primeiro nome dela como super-heroína. O encontro tem aquele embaraço básico e bem humorado que a Kamala sempre passa quando encontra um super-herói que ela é fã, porém a situação é bem tensa. A garota além de enfrentar um possível apocalipse, tem o seu irmão sequestrado por um velho conhecido. 

Esse volume reserva grandes emoções, já que pela primeira vez Kamala vê sua família em um fogo cruzado entre a sua vida comum e sua vida como super-heroína. Claro que em algum momento suas decisões como super-heroína iriam confrontar diretamente com a sua vida com a família, mas ainda assim fiquei bem impressionada como esse embate foi conduzido e como o desfecho merece um destaque.

Outra surpresa boa desse encadernado é o crossover entre o Espetacular Homem-Aranha e a Ms. Marvel, os acontecimentos se dão um pouco antes dos Últimos Dias e funciona bem de forma isolada, já que os dois personagens são bem humorados e mereciam esse encontro. A Doutora Minerva aparece vestida com o uniforme da Ms. Marvel original e realizando um sequestro em um hospital. O combate contra a Minerva é cheio de ação e reviravoltas e muito bom humor, mais uma vez me peguei rindo de diversas situações.

O desfecho está digno de todo o nível dos demais encadernados da série e vale muito a pena ser lido. Eu acredito que já reforcei nas outras resenhas o quanto eu gosto da Kamala e o quanto ela foge da linha tradicional de super-heróis e se você chegou até aqui ainda com dúvida sobre acompanhar essa série ou não, posso dizer que vale a pena. Vou deixar os outros links das resenhas dos outros volumes aqui embaixo e sigo dizendo que precisam fazer o filme da Ms. Marvel. Em breve, espero ter a oportunidade de trazer mais resenhas da nova série da Ms. Marvel.

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Resenha: Ms. Marvel - Apaixonada

20 agosto


Título: Ms. Marvel - Apaixonada
Autores: G. Willow Wilson, Miyazawa e Bondoc
Editora: Panini Comics
Páginas: 124
Ano: 2017

Mais um encadernado da Ms. Marvel lido e já faz um bom tempo que estou devendo essa resenha aqui no blog. Ms. Marvel - Apaixonada reúne as edições 12 a 15 de Ms Marvel e a edição 2 de S.H.I.E.L.D e segue sendo uma ótima HQ. Kamala é uma adolescente como qualquer outra, só que o seu trabalho consiste basicamente em salvar a cidade de grandes ameaças. Após vencer seu grande inimigo nos volumes anteriores, ela está crente que as novas ameaças serão fáceis de se encarar, porém até mesmo o baile do dia dos namorados pode ser ainda mais difícil do que ela imagina. Logo de cara nos deparamos com Loki, o vilão mais amado da Marvel, sendo enviado para Nova Jersey, onde é a área da Ms. Marvel. Óbvio que o Loki não vem a Terra sem causar uma confusão mínima e, claro, algumas risadas também.

Já em um segundo momento, nossa protagonista se vê apaixonada. Sim, apesar dela ser uma super-heroína ela não está isenta desse sentimento que atinge a todos em algum momento da vida. O cara é perfeito, bonito e tem interesses em comum com a nossa protagonista, mas será que ela está preparada para encarar os desafios do primeiro amor? No finalzinho, ainda tem uma história da S.H.I.E.L.D., quando Jemma Simmons se infiltra no colégio Coles, para interceptar um possível traficante e acontecimentos bem estranhos podem surgir. Claro, Ms. Marvel irá entrar em ação para ajudar a solucionar o caso.

Já disse em outras resenhas que Kamala é uma super-heroína única e que gosto muito dela. Primeiro, porque ela quebra esteriótipos, ela foi concebida em uma época em que já não é mais necessário usar uma roupa sexy para salvar o mundo, libertando as super-heroínas de padrões sexistas. Segundo, ela é inteligente e tem gostos geeks, ela gosta de acompanhar o universo dos super heróis, gosta de jogar, ver filmes e os quadrinhos estão cheios de referência da cultura pop. Terceiro, ela é engraçada, impossível terminar a leitura de algum volume sem ter dado ao menos uma risada. Por fim, ela tem todos os defeitos que os adolescentes tem e, principalmente, ama a família dela. Poderia enumerar muitas outras características que muito me agradam na personagem, porém vou deixar para um outro momento essa lista extensa.

As ilustrações mais uma vez casam bem com a edição e deixam a história ainda melhor, mesmo com a alteração dos ilustradores que não são os mesmos dos volumes anteriores. Mais uma vez a autora não deixou a peteca cair e acertou em cheio na história, o nível é mantido com louvor. Como já mencionei a HQ é bem humorada e condizente, além de ser atual e conversar bem com o público mais jovem. Aliás, ouso dizer que em qualquer idade, sendo homem ou mulher, provavelmente se você gostar de super-heróis, precisa conhecer a Ms. Marvel. Estou só esperando quando vão anunciar o filme dessa garota, sem dúvidas ela irá conquistar um grande público. Deixo aqui a minha indicação para todos que leem quadrinhos, ou até mesmo para aquelas pessoas que estão a procura de uma boa leitura de entretenimento.

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Resenha: Your lie in april (Vol. 1 ao 4)

29 maio

Título: Your lie in April
Autor/Ilustrador: Naoshi Arakawa
Ano: 2017/2018
Editora: Panini/Planet Mangá
Classificação:      


Eu estou um pouco em falta aqui no blog com as minhas resenhas de quadrinhos e mangás, mas aos poucos vou retomando. Os primeiros mangás que li esse ano foram os da série "Your lie in April", escrito e ilustrado por Naoshi Arakawa. O mangá teve sua adaptação animada feita em 2015 e atualmente está sendo lançado no Brasil. A obra, que é composta por onze volumes, já tem até o volume sete disponível para a compra. Para quem gosta de mangás de drama, assim como eu, a história é um prato cheio de emoções. Sem mais delongas, vamos ao que de fato interessa, o conteúdo.

Kousei Arima é um pianista prodígio que desde a infância é conhecido por sua excelência em seguir as partituras, executando-as com perfeição. Sua treinadora era a sua mãe, que cobrava de forma extremamente rígida para que ele fosse o melhor pianista em todos os concursos dos quais participava. Os dois não possuíam uma relação amorosa como mãe e filho, o mangá dá a entender que a forma como a mãe tratava o filho era somente com a postura de treinadora. A mãe de Kousei estava doente e quando ela faleceu Kousei se afastou de vez dos palcos e parou de participar dos concursos. Ele carrega consigo uma forte amargura, a dor da perda da mãe e o fato de não mais conseguir escutar as notas quando ele está tocando piano.

Kaori é o oposto de Kousei, quando ela toca violino ela expõe todos os seus sentimentos, ela insere sua personalidade nas músicas que está tocando. Uma menina alegre e cheia de vida e quando ela entra na vida de Kousei, acaba convencendo-o a voltar aos palcos. Não pense que o retorno será um processo fácil, Kousei precisa enfrentar seus próprios medos e encarar os fantasmas do passado que ainda o assombram.

Os mangás não se restringem somente a esses dois personagens. Tsubaki é amiga de infância e vizinha de Kousei. Ela é uma jogadora de softbol e tem esperanças de que, com a ajuda de Kaori, a vida do seu amigo retorne aos trilhos e ele volte a seguir em frente. Ryouta é outro amigo de Kousei. Ele é capitão do time de futebol e tem a personalidade estereotipada para esse tipo de personagem. Bonito, faz sucesso com as garotas e superficial, mas lá no fundo as vezes tem algo profundo a dizer. Nos outros volumes da série ainda são introduzidos dois personagens, Takeshi Aiza e Emi Igawa, dois pianistas que sempre sonharam em superar o talento de Kousei desde a infância e que estão prestes a ter a chance de confrontá-lo no palco.

Como já mencionei, os mangás possuem uma alta carga emocional, traz a tona traumas, dores e a forma como cada um lida com os seus problemas. Por baixo de toda a superfície perfeita existem sentimentos que precisam ser trabalhados, dores a serem superadas. Não digo isso somente pelo personagem principal, a história vai além dele. Em alguns momentos essa pode parecer uma fórmula batida quando se trata de drama, mas não se deixe levar somente por isso, é uma história tocante e que quebra essas barreiras. Os personagens que a princípio podem parecer típicos se mostram humanos, reais, suscetíveis a erros e quedas. Qualquer leitor pode se identificar com algum deles. 

O que mais me agradou no mangá foi como a música se faz presente e ultrapassa as folhas de papel. É como se eu escutasse os personagens tocando, tamanha a veracidade demonstrada no texto e nas ilustrações. Além disso, toda vez que uma música é mencionada a mesma vem acompanhada de notas de rodapé que ajudam o leitor a se ambientar e até mesmo buscar a música para ouvir. Acredito que o anime seja tão tocante quanto a leitura e em breve pretendo vê-lo.


Para os leitores de mangás que gostam de um bom drama, não tenho dúvidas que irão se envolver com essa trama. Indico para todos que leram e gostaram de Orange, provavelmente se sentirão envolvidos com essa história. Para quem está começando no mundo dos mangás essa pode ser uma porta de entrada também, por se tratar de uma leitura fluida e com ilustrações bem feitas.



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Resenha: Deadpool – Três Homens Em Conflito

04 janeiro

Eu (Renner) estou de volta, leitores do Rascunho. Feliz 2018 pra todos vocês e que este seja um ano repleto de boas leituras e muuuuita grana pra comprar livros novos.
Hoje vamos falar do terceiro encadernado de Deadpool: Três Homens em Conflito, lançado pela Panini e integrante do selo Nova Marvel. Se você não leu ou não conhece os dois primeiros, tem resenha dos dois aqui (essa não tem no blog, mas tem uma minha no skoob) e aqui.
Esta obra de arte que é Deadpool – Três homens em conflito já começa bem pela referência do título. Isto porque Três Homens em Conflito é o nome em português do aclamado filme de faroeste protagonizado por Clint Eastwood, aquele com a música mais famosa de faroeste que você ouve aqui. Por acaso, essa referência faz ainda mais sentido no título em inglês, que traduzido fica “O Bom, O Mau e o Feio” (se não entendeu, olhe pra capa do encadernado de novo).
Composta de 7 mensais, este encadernado começa com a edição 13 fazendo um flashback retro em que Deadpool (de cabelo afro nos anos 70) resolve fazer parte dos heróis de aluguel, negócio criado por Punho de Ferro e Poderoso (mais conhecido como Luke Cage). Nessa brincadeira, surge um vilão caricato que mais parece um cafetão e o encrenqueiro tagarela que nunca foi muito bem vindo arma muita confusão, rendendo boas risadas. De volta aos dias atuais na edição 14, o tal vilão reaparece com sede de vingança e Punho de Ferro, Luke Cage e Deadpool se reúnem novamente (contra a vontade de Luke, devo dizer) para dar fim ao Homem Branco (muitos trocadilhos com esse nome). Isso tudo para no fim Deadpool ser novamente abordado pelos maníacos que tem neutralizado ele e roubado seus órgãos desde a edição passada. Só que dessa vez ele consegue algumas informações para ir atrás e descobrir ao longo das edições 15 a 19 o que está sendo feito com seus órgãos e até um pouco do seu passado. Sentindo o perigo, nosso querido mercenário procura ajuda e orientação de ninguém menos que Wolverine e capitão América, os quais não levam a sério e nada sabem sobre o que Wade está procurando.
O que você vai descobrir nessa história, é de arrepiar. Acreditem, esse foi o melhor dos três encadernados porque tem realmente uma história. Ainda temos bastante comédia, referências e trocadilhos pelo caminho, afinal se não tivesse não seria o Deadpool, mas temos um drama crescente que evolui a cada virada de página, até chegar ao ponto de te deixar com pena de um mercenário que mata por tédio, que se associa e trabalha com demônios e que não se importa com nada. O deadpool, afinal de contas, sente alguma coisa. Esta obra é de tirar o fôlego, recomendo muito mesmo, acredito que até os leitores mais veteranos vão gostar desse encadernado. A arte, como sempre é bastante explosiva, com cores fortes e enquadramentos de impacto dos filmes de ação. E as piadas, não se esqueçam das piadas de péssimo gosto.
Abaixo deixo algumas fotos para deixar vocês ainda mais inquietos para ler esse encadernado.
Deixem aí em baixo nos comentários o que acharam e até a próxima.


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Resenha: Constantine - A fagulha e a chama

24 julho



Tudo tem um preço. Por mais que você tente trapacear para obter algo sem pagar por isso, o universo move suas alavancas invisíveis para cobrar seu preço.
Olha eu aqui de novo pra falar de mais HQ’s. E hoje vamos a Constantine: A fagulha e a Chama.
Se você não conhece, deve ter pensado no filme com Keanu Reeves chamado Constantine. É o mesmo cara, Renner? É sim. John Constantine é um personagem da DC comics que tem envolvimento com ocultismo, demonologia e magia. Na série Hellblazer (de onde o filme se baseia) temos mais temas voltados para o inferno e os demônios.
Já nesta HQ ele tem mais envolvimento com magia, objetos místicos e feiticeiros, mas o seu “trabalho” no mundo é manter o equilíbrio para que ninguém que se aventure pelos caminhos da magia sem conhecer direito onde está se metendo e pague um preço muito alto ou se torne poderoso demais para desequilibrar a balança. Ambientado em cenários muito lúgubres, sujos e sempre escuros e depressivos, temos uma sensação de um estilo Noir, com cores mortas e apenas alguns objetos ou personagens com cores mais vivas em cena. O próprio protagonista tem direito a quase todos os adjetivos ruins de um anti-herói. Egoísta, arrogante, negligente e individualista e em alguns momentos apresenta um humor negro. Nesse encadernado ele está tentando impedir um grupo de poderosos feiticeiros/magos de alcançar um artefato místico que permite acessar qualquer recurso mágico do planeta. É meu primeiro contato com o personagem nos quadrinhos e eu gostei bastante. Essa faceta cruel e sofrida da humanidade me atrai muito. A capa e a arte são de um brasileiro, o Renato Guedes, e muito atraentes. O nível de imersão foi tal que eu conseguia imaginar a cena se movendo como um filme na minha cabeça. O final deixa o arco aberto para uma continuação com aquele gostinho de quero mais saber o que vai rolar. Essa HQ faz parte dos novos 52 da DC e vale muito a pena pra quem curtir a ambientação e a temática que falei a pouco.



Se você gostou da resenha ou acha que faltou alguma coisa, deixa ai nos comentários.
EXTRAS: Eu particularmente não sou tão fã do filme porque: 1º acho o Keanu Reeves com muita cara de mocinho pro papel; 2º o filme aborda o lado mais cristão de inferno e demônios, pegada meio exorcista da coisa (o quadrinho que ele se baseia também é), e eu prefiro outras formas de misticismo, preferindo a pegada dessa HQ que vos apresento.
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Resenha: Esquadrão Suicida - Vivendo no Limite

17 junho



Sinopse: Algo de podre no esquadrão Enquanto os integrantes da Força-Tarefa X – mais conhecida como Esquadrão Suicida – tentam se recuperar da desastrosa missão em Gotham City, um segredo sombrio vem à tona com a descoberta de um traidor dentro da equipe. Treinado por Regulus, o líder de uma organização terrorista, o sabotador tem ordens de eliminar Amanda Waller e expor o Esquadrão. Em meio a isso, o grupo é incumbido de caçar e prender o misterioso meta-humano Mitch Shelley, também chamado de Ressurreição. No entanto, isso pode se revelar mais mortal do que se pensava, além de fazer parte do plano suicida de Waller para deter Regulus. Reunindo as edições originais Suicide Squad 8-13 E Resurrection Man 8-9 Em 188 páginas, este volume apresenta uma história que revira as entranhas do Esquadrão Suicida, bem como os coloca em uma de suas missões mais letais. O roteirista ADAM GLASS (da série de tevê Supernatural), com a ajuda dos Artistas Federico Dallocchio (Starcraft) e Fernando Dagnino (Superman), traz uma aventura recheada de ação e insanidade como só poderia ser em se tratando desta equipe.

Explosivo. Se tivesse que definir em uma palavra essa HQ, seria assim. O segundo encadernado dos bad guys da DC na série os novos 52 dá continuidade a Esquadrão Suicida: Chute na Cara (tem resenha dele aqui no blog, se não leu corre lá e confere rapidinho clique aqui). Se você gostou do primeiro, deve amar este aqui por vários motivos. O primeiro motivo é que ele tem muito mais ação que o primeiro (e o primeiro tem um pouco de ação já , então...). O segundo é que ele tem mais consistência na história e é cheio de plot twists de dar até infarto de tão emocionante. O terceiro é que o esquadrão faz menos rotação de membros que no primeiro encadernado, então dá pra acompanhar melhor quem é quem e qual a história de fundo de cada um. O título original é Basilisk Rising, mas adaptá-lo ao invés de somente traduzir serviu muito melhor. Isso porque vivendo no limite descreve exatamente a situação: Um esquadrão com membros desgastados, pirando, de saco cheio, cuja líder também não está nada bem. Os personagens são legais, diferentes e as situações bem exploradas. E tem ação o tempo inteiro. Não tem um minuto de descanso para esses vilões. Vivendo no limite não fecha o cerco. Ao contrário, deixa a história muito aberta para uma sequência (exatamente como no primeiro, quem leu vai entender). Super recomendado (junto com o primeiro, pra entender tudo), essa série do Esquadrão nos novos 52 tem tudo pra dar muito certo, trabalho de primeira do roteirista Adam Glass. Corre lá e confere pra ver do que estou falando.


Curiosidade: Por ser composto pelos mensais 8-13 de suicide squad e 8-9 de Resurrection Man, dá pra notar que Amanda Waller e a Dra. Visyak mudam drasticamente na arte de Resurrection Man. Entretanto não tem muita diferença nos membros do esquadrão. Confira as fotos pra ver.
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Resenha: Miss Marvel (Questões Mil)

10 março


Sinopse: Quem é o Inventor e o que ele quer com a novíssima Miss Marvel e seus amigos? Talvez o Wolverine possa ajudar a encontrar a resposta! Isso é, se Kamala conseguir parar de bancar a tiete ao encontrar seu herói preferido. Depois, o caminho da jovem se cruza com os Inumanos quando ela encontra o cão da família real, Dentinho! Mas qual é o verdadeiro motivo para Dentinho acompanhá-la? Enquanto a Miss Marvel descobre mais sobre seu passado, o Inventor continua ameaçando seu futuro. A guardiã adolescente de Jersey City se junta a alguns heróis improváveis para evitar que o insano vilão faça algum estrago para valer, mas talvez ela esteja dando um passo maior do que as pernas. E por quanto tempo mais a vida da Miss Marvel poderá tomar o espaço da vida de Kamala Khan? Desvende esse mistério, enquanto ela continua provando porque é a melhor (e mais adorável) super-heroína do pedaço! Este volume de 140 páginas reúne as edições 6 a 11 de Ms. Marvel. Escrito por G. Willow Wilson e ilustrado por Adrian Alphona e Jacob Wyatt.

Quando falamos de super heroínas dos quadrinhos é comum imaginá-las logo com uma roupa super sensual, com decotes a mostra e um corpo escultural, uma mulher totalmente idealizada, porém Kamala Khan, a nova Miss Marvel, quebra totalmente esse estereótipo. Ela é apenas uma adolescente que tenta encontrar o seu lugar no mundo, mesmo podendo assumir qualquer forma ela optou por ser ela mesma: nerd, muçulmana, carismática, bem-humorada e toda atrapalhada. Bem mais fácil se identificar com uma super heroína assim, não é?
Desde o primeiro compilado de quadrinhos da nova Miss Marvel (resenha) lançado pela Panini eu já gostei da personagem, porém no “Miss Marvel: questões mil” (que reúne da sexta a décima primeira edição de Miss Marvel) eu tive a confirmação que essa era uma personagem que entraria para a minha lista de favoritas, sem dúvidas ela conquistou o meu coração. Ela é uma personagem que mesmo em meio a todos os problemas enfrentados na adolescência me despertou uma forte empatia, ela cumpre o que propõe quebrando esteriótipos, se mantendo firme no seu caráter e sendo um exemplo para a nova geração.
Nesta edição é apresentado um pouco mais sobre os poderes de Kamala, suas incertezas aos poucos vão se transformando em uma opinião forte e representativa, além disso, os quadrinhos traz críticas construtivas sobre como a sociedade vem caminhando, a dificuldade de comunicação entre gerações e os problemas da adolescência. O Inventor que é o vilão dessa trama ganha mais espaço e seus objetivos ficam cada vez mais claros. Outro ponto forte que vale ressaltar é a participação de Wolverine ajudando Kamala a compreender seus poderes e transmitindo a segurança que ela precisava para começar a tomar decisões acertadas. Adorei a forma como ela lidou com a presença dele, representando todos os fãs desse super herói incrível. Vou parar por aqui para evitar spoilers.
A Panini segue mantendo a qualidade de suas edições encadernadas, capa dura e folhas de alta qualidade. Não sou uma especialista em HQs, porém achei que as ilustrações mantiveram o padrão de qualidade dos outros volumes com cores vivas e repletas de detalhes sensacionais.
Encerro reafirmando que gostei muito desta HQ, merece um lugar especial na estante. Kamala é uma personagem marcante, empoderada, forte e carismática, o enredo possui críticas sociais e mostra uma face que geralmente não está em enfoque.
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Resenha: A Piada Mortal

06 fevereiro



Sinopse:Do premiado roteirista Alan Moore (Watchmen, V de Vingança) conta como um dia ruim na vida de um homem pode significar a linha que separa a sanidade da loucura. Principalmente quando se trata do Coringa, o maior e mais conhecido vilão do mundo dos quadrinhos. Os desenhos de Brian Bolland (Camelot 3000), um dos maiores ilustradores dos quadrinhos, elevaram a história praticamente à perfeição retratando com maestria o mundo imaginado por Alan Moore. Mas faltava um detalhe para completar a obra. Bolland não pôde colorir a edição original, e agora, vinte anos depois, isso foi corrigido e as cores foram completamente refeitas pelo artista, seguindo fielmente a sua imaginação. Edição obrigatória para os fãs do Coringa, do Batman e dos quadrinhos.


Depois de tantos anos, essa edição de sucesso foi refeita, sendo recolorida como o desenhista Brian Bolland a imaginou em 88, mas para a qual não foi o colorista na ocasião. Esta edição especial traz prefácio de Tim Sales e posfácio do próprio Bolland, além da primeira publicação do Cavaleiro das trevas em 1940, junto com seu fiel parceiro Robin e o maior inimigo Coringa, trazendo aquele sentimento nostálgico dos gibis com cores fortes e traços típicos que fizeram dessa arte que são os quadrinhos algo tão popular.

Sobre a própria história de Piada Mortal, eu admito que essa é, sem dúvidas, a história mais emocionante das que já li/assisti/ouvi sobre o universo de Batman, e Moore  criou esse ambiente com um clima extremamente excitante e cativante, para o qual Bolland com seus enquadramentos de cena conseguiu criar uma sensação única em mim ao ler. O detalhe de uma cena de conversa numa mesa de bar fechando com uma maldita mão descascando um camarão, com uma deixa nas palavras totalmente extasiante, só para se ter uma ideia. O texto aborda aquilo que tanto gostamos no vilão mais afamado do mundo dos quadrinhos: A psicologia insanamente trabalhada do personagem, que te faz pensar que talvez ele tenha mais razão que o restante de nós, que pode levar as pessoas ao surto completo (Harvey Dent sabe bem disso...kkk). Para sintetizar, essa história mostra do ponto de vista do Coringa a origem da mente insana e criminosa do personagem ( possível origem, já que o mesmo é mentalmente instável e essa pode ser só uma das lembranças inventadas que o mesmo tem e que nunca aconteceu), e traz também um momento sombrio em que nosso querido homem morcego teme pelo resultado desse duelo de morte entre ele e o Coringa. A história é simplesmente brilhante, não dá pra explicar pra vocês a sensação que se tem ao ler Batman: A Piada Mortal. Recomendo muito.
Para aqueles que têm interesse mas não a grana pra comprar a edição e ler, fica a sugestão de assistir o filme animado (clique aqui para maiores informações sobre o filme), cuja história não perde sequer um detalhe da obra escrita, sendo fiel como todo fã gostaria que fosse.


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Resenha: Deadpool - Caçador de Alma

25 janeiro

Sinopse: Primeiro voltamos um pouco no tempo para conferir as aventuras passadas do Deadpool com o Homem de Ferro! Depois: um demônio contrata o Degenerado Regenerado para coletar almas amaldiçoadas! E, antes que você diga que não tem como ficar mais esquisito, Wade entra em contato com seu lado feminino! E mais: Deadpool ataca um cara com poderes aquáticos e depois se alia ao nosso Amigão Superior da Vizinhança, o Homem-Aranha! E prometemos que ele mata pelo menos um deles...!

Confesso que sou fã do Deadpool (juro que desde antes do filme ser anunciado). Já li várias HQ's online dele, joguei aquele jogo maravilhoso de tão cômico, vi o filme, e também comprei na época do lançamento o Meus Queridos Presidentes, história que antecede Caçador de Almas. O meu gosto por esse personagem se dá por ser tão atípico com a quebra da quarta parede, a infinidade de referências, uma escrita menos preocupada com a história ser boa e mais com ser cômica, ser diferente, irreverente. Isso é coisa de leitor nato, que já está cansado daquele "sempre mais do mesmo" (não que eu não goste dos clássicos, só que eu gosto de ver algo que não é o clichê demais) e Deadpool me encantou desde o início por isso.
Em Caçador de Almas” (muito elogiado pelos fanáticos por quadrinhos) Deadpool busca solucionar um grande problema em que meteu uma colega de trabalho em "Meus Queridos Presidentes" e pra isso se envolve com personagens nada heroicos, e confusões nada convencionais. Mas antes, vem uma historinha de Deadpool no passado, com participação de um Tony Stark diferente e de Peter Parker/Homem-Aranha (esse último também aparece na segunda parte, nos dias atuais).
A história de Caçador de Almas é mais bem elaborada que a de seu antecessor, mais interessante. Em contrapartida senti falta dos elementos característicos de humor, tem algumas referências mas nada muito no estilo Deadpool que eu esperava, com relação a visão que criei do personagem e das expectativas, achei que deixou a desejar neste aspecto. "Caçador de Almas" tem uma pegada mais séria, mais ligada a história do que a comédia. O único elemento cômico que me fez sentir que aquele era mesmo "piscina de la muerte" foi uma referência a um personagem que eu jamais esperava. Como esperado, esta obra contém muitos personagens Marvel em cenas curtas, contando com Jessica Jones, Luke Cage e até uma vingadora.


Vale a pena ler se você é fã (ou gosta de histórias bem construídas), mas se você quer mesmo conhecer o Deadpool engraçado que você viu por aí , não é a melhor das opções para começar, até porque é continuação de Meus Queridos Presidentes.

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Resenha: Guardiões da Galáxia

31 dezembro


“Guardiões da Galáxia: Os Vingadores Cósmicos” foi mais uma HQ incrível que tive o prazer de conhecer no ano de 2016, com a proximidade do lançamento do segundo filme me vi motivada a embarcar na leitura e posso garantir que foi uma ótima oportunidade de conhecer melhor os personagens do filme que promete ser um sucesso no próximo ano. O encadernado da Panini reúne os três primeiros volumes de “Guardians of the Galaxy” mais “Guardians of the Galaxy: Tomorrow’s Avengers”.
No primeiro volume é apresentado um pouco sobre as origens do Senhor das Estrelas (Peter), ele não sabia que o seu pai era um alienígena e levava uma vida “normal” até o dia em que sua casa, onde morava junto com a mãe, foi atacada por inimigos do reino do seu pai, como consequência do ataque a sua mãe veio a falecer, Peter passou então a se dedicar para ir para o espaço. Ele constrói uma reputação por onde passa, porém o relacionamento com o pai não é nada bom. O Senhor das Estrelas se junta a Gamora, Drax, Rocky Racum e Groot para enfrentar os perigos do espaço e seus respectivos inimigos, ficando conhecidos como famosos piratas espaciais. Agora a Terra está sendo ameaçada e os Guardiões da Galáxia irão se unir ao Homem de Ferro para descobrir quais os segredos que motivam esse ataque.
Já na HQ extra é apresentado um pouco mais sobre o restante da equipe dos Guardiões da Galáxia, nada aprofundado, porém possibilita ter uma visão melhor sobre as motivações de cada um.
Como já mencionei fiquei extremamente satisfeita com a leitura e me surpreendi do início ao fim com muitas cenas de ação e confrontos internos dos personagens, os autores não deixam a qualidade do HQ cair em nenhum momento. As ilustrações são de ótima qualidade e em relação a edição, assim como a maioria do encadernados da Panini esse também é um livro com capa dura.


Não vou me estender muito ao longo desta resenha para evitar spoilers, porém garanto que para quem gostou do primeiro filme sem dúvidas irá desfrutar as incríveis aventuras impressas neste volume. Estou extremamente ansiosa para ler o próximo volume da série, pois o desfecho deixou um ótimo gancho para a sequência. Enfim, indico a leitura para todos que adoram o universo dos super-heróis dos quadrinhos, a leitura vale a pena.

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Resenha: Esquadrão Suicida - Chute na cara

18 dezembro

Já mencionei algumas vezes aqui no blog que adoro super heróis e supervilões, porém não tinha o hábito de ler HQs e esse ano decidi mudar isso, tenho sempre me deparado com histórias bem legais. A lista dos quadrinhos que pretendo ler está bem extensa e toda vez que me deparo com uma nova série acaba crescendo um pouco mais e foi exatamente isso que aconteceu com “Novos 52”. Um tempo após assistir Esquadrão Suicida no cinema me deparei com essa HQ e claro fiquei bem curiosa, assim que tive a oportunidade comecei a ler e foi uma surpresa maravilhosa.
Esquadrão Suicida: Chute na cara” tem uma proposta que na minha opinião equivale a fórmula do sucesso, um grupo de supervilões conceituados precisam trabalhar em equipe para ajudar a salvar o mundo. Por que eles irão salvar o mundo? Porque eles são criminosos condenados à prisão perpétua e em troca da redução das respectivas penas eles são coagidos a ajudar uma unidade secreta do governo em missões ‘ilícitas’, mas o que garante que de fato irão realizar as tarefas propostas é que cada um tem uma microbomba injetada no organismo e se alguém da equipe não cumprir o proposto a bomba é acionada e o vilão morre imediatamente.
Eu gostei bastante do filme e me surpreendi ainda mais com a HQ que possui elementos muito bem dosados e bem trabalhados. Os personagens são muito bem construídos e em nenhum momento eles perdem as suas principais características como vilões ou ficam parecendo heróis, eles são gananciosos e só entraram na missão somente porque se sentem ameaçados. A história é muito bem desenvolvida e logo na introdução já nos deparamos com cenas de ação que continuam até o fim, o autor mantém a tensão sempre no ponto mais alto e se torna impossível abandonar a leitura.
A parte gráfica é simplesmente maravilhosa, as ilustrações são lindas e contam com cores vivas e condizentes com a proposta principal do quadrinho em questão.A edição é em capa dura e bem caprichada, as folhas são de ótima qualidade e deixam a  experiência de leitura ainda mais incrível.
Não entrarei em pormenores em relação aos personagens, pois o grupo é grande e a resenha ficaria bem extensa, em resumo cada um tem o seu passado e traz consigo suas respectivas ambições e motivações. A medida que vamos nos aprofundando mais na vida dos personagens mais queremos saber a respeito deles, logo estou bem ansiosa pela sequência dos “Novos 52”.


Recomendo a leitura para todos que gostam do filme e de HQs do universo da DC, a série de fato é bem gostosa de se ler e vale a pena tê-la na estante.
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Resenha: Ms. Marvel Nada Normal

16 junho


Sempre gostei do universo de super heróis criado pela Marvel e pela DC Comics, porém ainda não havia me aventurado nas histórias em quadrinhos (HQs) que deram origem a esse universo. Estamos vivendo uma fase que os filmes e seriados de super heróis estão em evidência, temos cada vez produções mais fantásticas e de extrema qualidade, eu estou adorando e aguardando ansiosa por várias produções. Cresci assistindo desenhos animados da Liga da Justiça, X-men, entre outros. Atualmente acompanho séries como Arrow, Flash e DCs Legends of Tomorrow. É perceptível como o público alvo dessas franquias abrange todas as faixas etárias, não sendo mais classificado apenas como infantil.
Para iniciar a minha aventura nesse universo decidi comprar a HQ da “Ms. Marvel - Nada Normal” e foi uma leitura super agradável. Em 2015 a Panini Comics começou a lançar a coleção de encadernados intitulada Nova Marvel, novos personagens foram inseridos, uniformes mudaram e algumas equipes foram rearranjadas. Sendo assim, Kamala Khan faz parte da Nova Marvel e não é a primeira personagem a dar vida a Miss Marvel, anteriormente o codinome foi usado por Carol Danvers que em seguida passou a integrar a equipe dos Vigadores e depois dos X-men.
Kamala foge de todos os padrões de super heroína, ela ainda é uma adolescente perdida em meio as crises da idade e está em busca da sua própria identidade. Apesar de ter sido criada nos Estados Unidos a origem de Kamala é muçulmana, ela não usa uma roupa sexy e não aparenta ser uma super modelo como as heroínas que estamos habituados. Ela adquire os poderes de uma forma inusitada quando uma estranha névoa cobre New Jersey, porém ela começa a viver grandes dilemas. Quem de fato é? Quais as implicações que irão acompanhar suas novas habilidades? Como ela irá lidar com tudo isso?
Os encadernados contam com as edições de 1 a 5 de Ms. Marvel. A capa da edição é linda e de cara já me conquistou, as ilustrações e todos os elementos do trabalho gráfico estão sensacionais. A leitura é fluída, leve e divertida. Além disso, apresenta grandes lições como a aceitação, a busca do auto-conhecimento e o desenvolvimento da auto-confiança. Acompanhamos então a adolescente desde o princípio, como era a sua vida “normal”, a pós aquisição dos poderes e como lida com toda a situação.


Enfim, gostei bastante da construção da Nova Marvel, indico para todos que também gostam desse universo. Para quem tem interesse em embarcar no mundo dos HQs esse é um ótimo começo.



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