Resenha

Resenha: Não Fuja (Trilogia Não Pare! #3)

22 abril


Obs: Atenção esse é o terceiro volume da trilogia, se ainda não leu os outros pode conter spoilers em relação a eles.
Chegou a hora de conhecer o destino de Nina Scott. O gancho do final do segundo livro foi surpreendente e lembrou a citação de Rainha Vermelha (Victoria Aveyard): “Todo mundo pode trair todo mundo!” e a sequência continua com essa ideia. A mãe de Nina estará de fato morta ou foi apenas um blefe de Kevin? Quem será o homem misterioso da foto, será mesmo Shakur? São essas perguntas que surgem ao final do segundo livro.
O desenvolvimento do enredo no segundo livro foi de fato melhor que o primeiro, mas o do terceiro é ainda melhor. Nina, Richard, Shakur e Kevin foram capturados para terem seus atos julgados pelo conselho de Magos. Richard já estava foragido e condenado ao vértice antes mesmo da captura. Qual será a decisão do conselho? O que será que irá acontecer com todos?
A grande novidade desse livro que alguns capítulos são narrados por Shakur, são lembranças de seu passado, o que de fato aconteceu com ele e como ele teve seu rosto deformado. Passa-se a conhecer melhor o passado do temido líder de Thron.
O terceiro livro é bem fluído, instiga bastante a vontade de saber o que virá em seguida. É uma verdadeira montanha-russa, cheia de reviravoltas e fatos surpreendentes. Quando a história parece que tomou um rumo, de repente tudo muda. O grande X da questão é o que todos guardam segredos e em quem se deve acreditar de verdade. Outro fato interessante é que a protagonista passa por um amadurecimento, ela deixa de ser só uma adolescente e passa a ter uma força de vontade maior, passa a enxergar com maior clareza o seu destino e principalmente aceitar o que virá em seguida.
No quesito romance esse volume é um prato cheio. Mais uma vez os sentimentos de Richard e Nina são postos a prova, o que de fato eles sentem um pelo outro. O que deu errado para impedir que os dois tivessem um contato mais intimo no volume anterior, todas as questões são devidamente esclarecidas.
O livro se refere ao amor, perdão, altruísmo e as consequências das escolhas feitas. O enredo é muito bom e o fato de alguns personagens ganharem uma maior profundidade conferiu a história um toque especial. Algumas pontas da história ainda ficaram soltas, nada que atrapalhasse o contexto ou teor da história, mas deixam em aberto para uma provável continuação das histórias zirquinianas. No mais foi uma leitura agradabilíssima, cheia de reviravoltas, o final não deixa a desejar, surpreendente e inusitado. Vale ressaltar mais uma vez que a trilogia é voltada para o público jovem, tem vários clichês do gênero, não leia se espera que seja diferente disso.

Para acessar as outras resenhas da trilogia clique no título:
Não Pare! (Trilogia Não Pare #1)
Não Olhe! (Trilogia Não Pare #2)
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Resenha

Resenha: Não Olhe! (Trilogia Não Pare! #2)

20 abril


Obs: Se você ainda não leu o primeiro volume da trilogia essa resenha pode conter spoilers desse.
“Não olhe!” é o segundo volume da trilogia “Não Pare!” da autora FML Pepper. O primeiro livro da série foi bem fluído e terminou com um gancho muito bom, Nina está prestes a saber mais sobre a sua origem e cruzou o portal para Zyrk, essa nova aventura permitirá se aproximar ainda mais do seu destino inevitável. Ela está apaixonada pela sua morte, Richard quem deveria ser responsável por resgatar sua alma, mas ele vem poupando sua vida. Nesse livro a protagonista está extremamente confusa, não sabe em quem confiar ou em quem realmente quer ajudá-la.
O universo apresentado no livro conta com quatro dimensões, essas caminham de forma paralela, coexistem juntas mas em planos diferentes. A principal ou superior é nomeada de plano e seria o equivalente ao paraíso (a luz). A segunda dimensão ou plano intermediário é o equivalente a Terra. A terceira dimensão ou plano é Zyrk, os habitantes dessa são os responsáveis por administrar as mortes do segundo plano. Por fim, o Vértice ou mundo das sombras o equivalente ao inferno.
De acordo com a lenda que Zyrk é uma terra amaldiçoada, seu povo é desprovido de bons sentimentos. Não existe sequer o amor maternal, existem regras que determinam o momento em que deve ocorrer a reprodução e os respectivos pares, esses dados são determinados por um Conselho de Magos, as mulheres carregam os filhos somente durante a gestação, quando nascem entregam seus filhos para serem criados por mulheres inférteis, até serem capazes de guerrear. A única exceção a regra são os herdeiros do trono, que são mantidos perto do pai, não por existir afeto, mas para garantir a continuidade do sangue no governo dos clãs. O terceiro plano é dividido em quatro clãs: Thron, Storm, Windston e Marmon. Esses quatro vivem uma espécie de guerra fria e a chegada de Nina pode ser o estopim da guerra.
Cada clã tem um resgatador principal, de Thron é Richard, de Storm é John, de Windston é Samantha e por fim, de Marmon é Kevin. Richard é o bad-boy, inconstante, confuso e impulsivo, vive um conflito interno entre o bem e o mal. John por sua vez tem um bom caráter, é justo e é herdeiro do trono de Storm. Samantha é a melhor guerreira de Windston e deve ser a mãe do filho de Richard. Kevin é inescrupuloso, falso e cínico, um dos piores exemplares de Zyrk.
Cada clã tem um plano traçado para o destino de Nina, alguns acreditavam que ela deve ser morta, outros que ela é o fim da maldição de Zyrk e ainda que é a única capaz de libertar Malazar (o diabo) do Vértice. Nina só conseguiu cruzar o portal por ser hibrida, fruto do relacionamento de uma humana com um zirquiniano, como foi concebida é um mistério pois o contato intimo entre as duas espécies levam a morte do humano. Muitos zirquinianos tem a curiosidade de conhecer os sentimentos humanos e eles acreditam que através do contato com uma hibrida serão capazes de desfrutar prazeres desconhecidos, e por isso Nina vive em constante perigo nesse plano. Será que Nina é mesmo o ponto final dessa maldição? Quem foi o pai dela? Será que o amor verdadeiro é capaz de destruir a maldição de Zyrk? São as perguntas que guiam essa leitura.
Mais uma vez a leitura do livro é bem fluída, os fatos decorrem em alta velocidade, uma sequência de fatos eletrizantes. Em relação a escrita é perceptível que houve uma melhora em relação ao primeiro volume, a autora está mais experiente, o que agrega maior valor ao livro. Os personagens nesse volume estão mais densos é possível conhecê-los melhor. Durante a leitura é comum o questionamento se de fato os zirquinianos são desprovidos de sentimentos bons, algumas situações levam a reflexão, mas acredito que seja um gancho para o que pode vir a frente na sequência. O enredo do livro é bom, o nível de tensão é bem alto e o gancho final mais uma vez é muito bom e instiga a curiosidade para prosseguir a leitura o mais rápido possível.
É comum ao longo da leitura de uma trilogia achar o segundo livro ruim ou cansativo, mas não foi o caso de Não Olhe!. Ele foi bem esclarecedor, possibilitou uma exploração maior do território de Zyrk e aprofundar um pouco mais sobre a personalidade e o caráter dos zirquinianos. Enfim, a leitura é bem agradável e instiga a curiosidade envolvendo o leitor em sua trama cada vez mais profunda.
Vale ressaltar mais uma vez que no livro contém características comuns do gênero YA (Young adult), se você não tem interesse pelo gênero eu não indico a leitura. Se você não faz parte do público alvo dessa categoria mais, mas ainda assim sente empatia pelo gênero acredito que irá gostar.

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Não Pare! (Trilogia Não Pare #1)
Não fuja! (Trilogia Não Pare #3)
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Resenha

Resenha: Não Pare! (Trilogia Não Pare! #1)

18 abril


Autora auto-publicada, FML Pepper é brasileira, odontologista e sempre gostou de ler. Sua paixão por livros vem desde a infância/adolescência, mas por forças maiores se viu impedida de ler o quanto gostaria desse gênero. Começou a trabalhar desde muito cedo e por ser workaholic assumida não tinha tempo para ler, viu sua realidade mudar quando enfrentou uma gestação de risco e teve que manter o repouso por nove meses. Seu marido presenteou-a com um livro de ficção infanto-juvenil e então o seu amor pela literatura se reascendeu, durante o período de gestação leu quase cem livros. Junto com o amor pela leitura nasceu o amor pela escrita, FML colocou no papel um mundo de fantasia que começava a surgir em sua cabeça e assim nasceu o primeiro livro da trilogia Não Pare!. Decidiu publicar seu livro na plataforma do Amazon, sabia que não iria ser uma tarefa fácil, mas realizou a divulgação e colheu a opinião de seus leitores a fim de aperfeiçoar ainda mais o seu livro e o resultado não podia ser outro, o sucesso. A responsável pela versão física do seu livro é a editora Valentina.
Não Pare!, Não Olhe! E Não fuja! são os títulos que compõe a trilogia. Ao longo da leitura dos três pode-se perceber o quanto a autora aperfeiçoou sua escrita, oferecendo cada vez mais qualidade aos seus livros. Nesse primeiro texto será resenhado o primeiro livro homônimo da trilogia.
O livro é narrado em primeira pessoa por Nina Scott uma adolescente de quase 17 anos, que leva uma vida nômade junto com a mãe Stela. As duas já moraram em diversos países, Nina tem tendência a viver situações peculiares que oferecem risco a sua vida e ao mínimo pressentimento de tais situações sua mãe decide que é hora delas mudarem. Stela não deixa claro para Nina os motivos da mudança, sempre se justifica alegando que o trabalho exigiu a mudança. Nina nasceu com uma anomalia, suas pupilas se assemelham as de um felino, Stela trabalha desenvolvendo lentes para que outras pessoas não percebam a diferença nos olhos de sua filha. Nina não conheceu seu pai e nem sequer sabe o nome dele, sua mãe evita o assunto, portanto a família se resume nas duas.
A história se inicia na Holanda, após um breve incidente em uma apresentação de rua onde Nina quase foi atingida por uma faca, logo em seguida sua mãe avisa que irão fazer uma nova mudança, dessa vez para Nova Iorque. Nina fica inconformada, mas precisa aceitar. Devido as mudanças constantes nunca foi uma adolescente comum, não tem amigos,  namorado e nem sequer consegue completar um ano na mesma escola. Porém, a personagem tem todos os comportamentos típicos de adolescentes, imaturidade e um pouco de rebeldia. A vida em Nova Iorque parece que vai ser diferente aos olhos de Nina, ela inicia os estudos em uma escola onde logo fará amizades. Junto com a sua admissão na escola mais quatro novos alunos foram aceitos.  De cara ela declara briga a um dos alunos e considera um romance com outro.
Disposta a levar uma vida comum Nina convence sua mãe a deixá-la trabalhar em uma loja de vendas de CDs. Além disso, decide não contar para Stela os eventos anormais que vem ocorrendo desde que se mudaram para Nova Iorque, tais como calafrios, paralisia e a proximidade com acidentes que poderiam causar sua morte. Sua intenção é evitar que sua vida mude de rumo novamente. Porém, seu destino reserva muitas reviravoltas.
Quais são os segredos que a sua mãe guarda? Por que elas nunca conversaram francamente sobre o seu pai? Por que se mudam com tanta frequência? O que significa os eventos anormais que ocorrem em sua vida? Por que por onde passam a morte deixa um rastro? São essas perguntas que guiam a leitura.
A leitura é bem agradável, fluída e rápida. O livro é voltado para o público YA (Young adult – jovem adulto) e apresenta os itens comuns do gênero, como um envolvimento amoroso e as dúvidas típicas da idade. O fato de Nina ser uma adolescente, suas atitudes são moldadas tal como um age, ela é imatura, insegura e não compreende bem tudo que está acontecendo com ela. A forma como as informações são apresentadas deixam muitas pontas soltas (o que é esperado em um trilogia) e são apresentadas em alta velocidade. A proposta do livro é bem interessante, a forma como a autora cria um novo mundo, estabelece regras, cria situações é bem elaborada.
Nesse primeiro texto para evitar spoilers não será detalhado o universo que foi criado e as relações dos demais personagens na trama. Geralmente o primeiro livro de uma trilogia serve para apresentar os personagens, os motivos que os guiam e por fim, a história então encerra em um ponto no qual os leitores ficaram curiosos e ansiosos pelo que vem pela frente, esse livro atende bem esse aspecto, principalmente considerando que é o primeiro livro da autora. É possível encontrar algumas falhas durante a leitura, mas nada que seja tão expressivo e atrapalhe a leitura.
Durante essa semana serão publicados no blog as resenhas dos outros dois livros da trilogia. Se você já leu o livro, ou ainda não leu, deixe sua opinião nos comentários, vamos adorar saber.

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Resenha

Resenha: Black Para Sempre

11 abril

               Esse é o primeiro livro que leio da autora Sandi Lynn e foi uma grata surpresa! Já tinha algum tempo que eu estava com vontade de ler essa estória, depois de ter lido muitos comentários maravilhosos a respeito dela. Apesar de ser um clichê romântico, com um milionário possessivo e uma mocinha determinada, ele também é um livro sobre recomeço e superação, com muito romantismo.
Ellery é uma jovem de 23 anos que mora em Nova York com seu namorado Kyle há um ano e tem um trabalho de meio período em uma gravadora. Depois que Kyle decide ir embora de casa ela passa dias depressivos pintando quadros para colocá-los a venda no lugar em que sua melhor amiga Peyton trabalha.
Para animar Elle, Peyton a convida para comemorarem o término das pinturas em uma boate. Apesar de não querer ir, Elle acaba cedendo e um casal brigando lá dentro chama a sua atenção, e Elle fica impressionada com a beleza do homem, sentindo-se atraída por ele.
Mais tarde, ao sair na porta da boate, ela o encontra muito bêbado e resolve ajudá-lo a ir embora para casa. Ela chama um táxi e ao chegar na casa dele, ela decide deixá-lo apenas confortável na cama para depois ir. Porém, ela acaba ficando mais tempo do que o necessário e sem perceber passa a noite na casa dele. Ao acordar, ela vai cedo para a cozinha preparar um coquetel para que ele melhore. Mas ele acorda e a encontra na cozinha e sua primeira reação é tentar expulsá-la de casa. Ele a confunde com outra mulher e avisa para ela que uma mulher nunca deve passar a noite na casa dele. Sem medo dele, Ellery o enfrenta e explica a real situação para ele sendo muito sincera. Connor fica surpreso com o jeito determinado de Elle e a sua bondade e para desculpar-se da confusão, depois que ela vai embora, ele envia para ela um bilhete convidando-a para jantar em um belo restaurante e avisa que o seu motorista vai buscá-la.
Black Para Sempre é um daqueles livros que mesmo com o clichê, tem algo mais que surpreende. Enquanto Ellery tem um sonho de vender suas pinturas, é independente, determinada e não leva desaforo pra casa, Connor é um CEO milionário, dono da Black Enterprises, obsessivo, controlador que não fica sossegado enquanto não descobrir tudo o que ele quer.
Sendo tão diferentes assim, tem muitos momentos de romance, mas tem muita tensão também já que nenhum dos dois querem ceder para melhorar a relação que existe entre eles. Apesar das diferenças entre os personagens, é incrível a conexão que existe entre os dois e também a amizade que vai surgindo que até então vai contra qualquer regra.
O livro é uma leitura bem fácil e apesar de não trazer nada de muito diferente, ele envolve muitos segredos, que fazem do livro muito mais do que um romance, com uma linda estória de superação e recomeço.
Enfim, Black Para Sempre é um livro que recomendo para quem deseja uma leitura rápida com um clichê romântico, além de superação, segredos, recomeço e um amor verdadeiro intenso do começo ao fim!
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