Resenha: Uma coisa absolutamente fantástica

04 janeiro

Título: Uma coisa absolutamente fantástica
Autor: Hank Green
Ano: 2018
Editora: Seguinte
Páginas:344

Olá amigos leitores! Depois de um mês para descansar estamos retornando a nossa programação normal do blog. Esse ano eu decidi começar com uma leitura bem descontraída, já fazia alguns dias que não engatava nenhum livro, começava um ou outro, mas estava com aquela sensação de ressaca literária, logo decidi procurar algo que me distraísse e motivasse retornar as leituras. Foi nessa busca que encontrei o livro "Uma coisa absolutamente fantástica" do Hank Green, o irmão do John Green (sim, o autor de "A culpa é das estrelas"). Os dois possuem um canal no youtube e como já conhecia as obras do John Green fiquei bem instigada para saber como seu irmão escreve e sendo bem sincera esperava algo bem parecido e o que encontrei foi uma surpresa.

April May é uma jovem que vê sua vida caminhando de uma forma totalmente inesperada, de um dia para o outro deixa de ser uma pessoa com um emprego pouco interessante, até mesmo desmotivada e se torna uma sub celebridade que descobriu uma escultura gigante. April quando percebe a escultura liga para o seu amigo Andy e assim gravam o primeiro vídeo sobre essa escultura que ela chama de Carl, por terem sido os primeiros o vídeo logo viraliza. Enquanto isso, esculturas similares também apareceram ao redor do mundo, ninguém sabe como elas foram instaladas e nem como chegaram, instigada e cada vez mais interessada na fama April se envolve cada vez mais nesse mistério.

Além de todo o mistério em volta desses "seres" estranhos ainda tem o envolvimento de April com toda essa história e como ela lida com a fama. Muitas vezes a forma como a protagonista se comporta é irritante e infantil, mas bem próxima da realidade atual do nosso mundo, onde a quantidade de "likes" e seguidores em redes sociais ditam padrões e se tornam essenciais. Tirando todo o fator extraordinário por trás da história essa proximidade da realidade deixou a protagonista bem palpável, o que foi um dos aspectos que me surpreendeu, mesmo ficando irritada com o seu comportamento eu consegui humanizá-la e encaixá-la em um contexto. 

Como era de se esperar os personagens do livro tem uma semelhança com os do John Green, são personagens nerds e que citam grandes referências desse universo ao longo da leitura. Os livros com personagens assim me agradam bastante e ganham pontos positivos comigo.

A história tem sim alguns defeitos, primeiro o final em aberto e sem algumas respostas, o que me incomoda porque imagino que provavelmente terá uma sequência e o segundo aspecto que me incomodou é que uma situação foi 'desfeita' e ainda não consegui concordar com o que foi proposto. Colocando tudo em uma balança foi uma leitura bem prazerosa, me tirou aquele desconforto de não estar encontrando nada que me fizesse engatar uma leitura de fato e me surpreender por proporcionar surpresas agradáveis. Eu classifico o livro como "Young Adult" creio que os jovens leitores irão aproveitar bem a história e perceber essa tênue linha de fama que existe nas redes sociais no mundo atual.

Essa é a primeira dica do ano de leitura aqui do blog, quero aproveitar agradecer a todos que nos acompanham ao longo desses anos e desejar que todos façam ótimas leituras sempre! Um livro é sempre um bom companheiro.

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