Resenha: Nossos Dias Infinitos

19 setembro

Título: Nossos Dias Infinitos
Autora: Claire Fuller
Editora: Morro Branco
Ano: 2016
Páginas: 336
Classificação: 

Nossos Dias Infinitos estava na minha lista de desejados há bastante tempo, desde que ele havia sido lançado pela editora Morro Branco e fiquei muito curiosa, mas ao ler ao sinopse do livro eu esperava algo completamente diferente, uma distopia, uma ficção científica, mas na verdade o livro se encaixa no gênero dramático atrelado ao suspense e mistério.

Peggy é uma garota de oito anos que vive com os seus pais, sendo a sua mãe uma pianista famosa de origem alemã, que viaja para fazer grandes apresentações, sem se atentar ao que acontece em casa e sem conhecer muito bem a sua família, enquanto o seu pai passa os dias fazendo reuniões com amigos e elaborando planos, longas listas do que será necessário para ser um sobrevivencialista quando o mundo acabar. Com essa ideia fixa, James começa a ensinar sua filha Peggy um pouco mais da caça, contar a ela histórias sobre die Hütte, do qual ele diz ser um lugar mágico em meio à floresta, em que eles podem caçar e pescar para a própria sobrevivência.

Peggy nunca questiona o pai sobre os fatos que ele conta, e é surpreendida no dia em que ele fala com ela que eles ficarão de férias em die Hütte, mas ao chegar no lugar em que seu pai falou, tudo o que Peggy percebe é uma cabana suja e abandonada no meio da floresta. Seu pai havia comprado algumas coisas necessárias, mas Peggy não imaginava que naquela pequena cabana ela viveria por oito anos. Pouco tempo depois que seu pai fala com ela que o mundo havia acabado e sua mãe havia morrido, novamente ela não questiona, pois se eles eram as duas únicas pessoas no mundo, só restava sobreviver sabendo que não teria mais contato com outros seres humanos e teria que lidar com a saudade da mãe e da melhor amiga Becky. Além disso, ela começa a perceber que não terá uma vida normal tendo que caçar para sobreviver e lidar com o temperamento cada vez mais complicado do pai.

Nossos Dias Infinitos não é um livro comum, ele é narrado pela Peggy, que também é conhecida como Punzel, que era a forma como seu pai a chamava. O livro se inicia em 1985 na atualidade, e é intercalada com a narrativa de 1976 que foi quando a personagem foi para a floresta com o seu pai. São poucos capítulos que narram a vida atual da Peggy, então o foco maior foram os momentos vivenciados com o seu pai James.

Apesar de aparentar ser uma narrativa leve, não se engane: o livro é bem construído e muitos personagens dele não acrescentaram muito na trama. Peggy é criança quando vai para a cabana com o pai, tem uma boneca que ela conversa sendo sua amiga imaginária e não compreende porque tem que ficar em um lugar do qual não gosta, mas também não pode questionar ao pai. James oscila entre a realidade e a loucura, demonstrando comportamentos apaziguadores e também controversos. É um livro que deve ser lido bem atentamente, porque a autora sabe como narrar uma história deixando o leitor bem curioso e ao mesmo tempo confuso.

Em relação à narrativa, inicialmente achei bem lenta, e ao contrário da maioria dos livros que leio, não consegui me apegar muito aos personagens. Porém, a escrita é bem delineada e os fatos simplesmente são jogados na trama, sem julgamentos ou questionamentos. Ao fechar a última página, eu já imaginava o que aconteceria, então não houve surpresa. Porém, para quem procura uma narrativa que envolve drama psicológico, suspense e mistério, esse é o livro que recomendo!




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13 comentários

  1. Eu amo enredos com suspense e elementos que atiçam nossa curiosidade. No entanto é uma pena que o final não tenha trazido muita surpresa pois acho que o melhor elemneto para esse tipo livro é o plot twist.

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  2. Sou apaixonada por drama psicológicos, porém e por aquelas obras que nos fisgam desde a primeira página, e é notório que não é o que acontece aqui nesse livro. Apesar de ficar curiosa por saber o que vai acontecer com a personagem no decorrer da trama, no entanto por se tratar de uma época muito antiga o que me fez ficar com bastante receio de não gostar. Enfim, após concluir a leitura de sua resenha percebi que não me interessei pela história, mas acredito que outras pessoas vão gostar.

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  3. Oi, Thalita.
    Eu também estou louca por esse livro desde o seu lançamento. Acho a capa maravilhosa e a premissa dele é muito interessante para mim. Adorei a sua resenha e poder conhecer um pouco mais sobre a trama através do que li aqui.

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  4. Eu adoro a morro branco porque eles sempre procuram construir histórias que de fato venham a tocar o leitor, infelizmente essa trama em especial nao funcionou comigo, achei ela lenta demais, e acabei desistindo, então creio que nao foi pra mim, nao naquele momento. Mas ao relembrar a história com sua resenha, senti saudade, doido isso ne?

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  5. Fico maluca com esse tipo de narrativa que me deixa curiosa e confusa ao mesmo tempo... RS... Mas gosto da premissa do enredo e pretendo ler o livro, apesar do final não ter te surpreendido e dessa dificuldade de se apegar aos personagens. Espero que comigo seja diferente.

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  6. Oiieee

    Eu também achei os primeiros capitulos bem lentos, foi dificil prosseguir porque não me empolgava, mas realmente a escrita da autora após certo momento mantém o leitor em suspense. Não foi o melhor livro de todos, mas gostei bastante quando li.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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  7. Oi Thalita, a capa e o título remetem a nossa imaginação para distopia mesmo, eu já tinha visto este livro, mas não conhecia seu conteúdo, acho que vou gostar, gosto de dramas psicológicos com mistério e suspense, fiquei bem curiosa para saber mais da história, se a mãe realmente morreu ou o mundo acabou. Com certeza, entrou para a lista de desejados, tua resenha contribuiu muito para isto.
    Bjos
    Vivi

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  8. Olá!
    Eu acho a premissa desse livro bem interessante, mas é um pouco difícil desenvolvimento de uma forma surpreendente. Esse é um dos livros que estão na minha lista, fiquei com receio com sua opinião. Não gosto muito do gênero, mas leio algo de vez em quando. Parabéns pela resenha.

    Abraços.

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  9. Olá, tudo bem Thalita?

    Eu tive a oportunidade de ler esse livro quando tinha parceria com a Editora Morro Branco e posso dizer tranquilamente que curti o livro. É uma pena que a leitura não tenha te agradado completamente. Gostei da sua impressão e parabéns pela resenha!
    Abraço!

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  10. Olá tudo bem?
    Eu acho a capa desse livro lindo e namoro desde o lançamento. Porém nunca procurei a respeito e a sua resenha foi a primeira que li. Já vi que me enganei e julguei o livro pela capa. Achei ela fofa, mas vc deixou claro sobre o suspense e mistério (o que adoro). Mesmo com as suas ressalvas, acredito que daria uma chance para a leitura, sim.

    Beijos
    Sai da Minha Lente

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  11. Olá, que tenso a garotinha ter que passar por isso de ser levada para o pai pra essa casa, acreditando que são as únicas pessoas no mundo. É uma história que tenho vontade de ler para ver como termina.

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  12. adoro suspense e confesso que a resenha aguçou minha curiosidade, apesar de eu não ter gostado da capa do livro... parece ser algo bem perturbador, apesar do inicio da trama ser meio lenta...
    bjs...

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  13. Olá, tudo bem? Sei como é, esperar algo de um livro e no final ele acabar entregando outro coisa. Não sou muito fã de suspense e mistério não confesso, por isso não sei se seria um tipo de leitura para mim. E inícios lentos e/ou arrastados são grandes emblemas para mim. Quem sabe no futuro?!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com.br

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