[Especial Halloween] Resenha: Jogo Perigoso
01 outubro
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Avaliação: 4/5 estrelas
Páginas: 336
Olá rascunheiros, Renner de novo
aqui pra falar com vocês de terror. Isso mesmo, mês de Outubro com direito a
sexta-feira 13 (yeahhh) vai ser o terror! E pra abrir esse mês, vamos falar de
um livro que li em agosto de um autor que é o rei do terror. No ano passado
tivemos um especial de Halloween com ele mesmo abrindo (Misery, resenha aqui).
Hoje vamos falar de um livro um tanto controverso de Stephen King: Jogo Perigoso. Muitos fãs não gostam muito desse livro porque na época em que foi escrito (1992) King vinha numa maré de bons livros com criaturas misteriosas e esse livro é um thriller mais voltado pra condição humana de forma geral (assim como o Misery). Outros acham este livro meio arrastado, mas a verdade é que ele é um livro com muitos detalhes das cenas, com uma enrolaçãozinha que tem a função de criar aquela tensão de suspense, esperando alguma coisa acontecer. O início do livro mais parece um capítulo de 50 tons de cinza, mas assim que algo inesperado acontece, começa o livro de fato. Na minha opinião (e na de Bernard Cornwell) uma escrita muito difícil, já que é praticamente um monólogo em um único ambiente.
Hoje vamos falar de um livro um tanto controverso de Stephen King: Jogo Perigoso. Muitos fãs não gostam muito desse livro porque na época em que foi escrito (1992) King vinha numa maré de bons livros com criaturas misteriosas e esse livro é um thriller mais voltado pra condição humana de forma geral (assim como o Misery). Outros acham este livro meio arrastado, mas a verdade é que ele é um livro com muitos detalhes das cenas, com uma enrolaçãozinha que tem a função de criar aquela tensão de suspense, esperando alguma coisa acontecer. O início do livro mais parece um capítulo de 50 tons de cinza, mas assim que algo inesperado acontece, começa o livro de fato. Na minha opinião (e na de Bernard Cornwell) uma escrita muito difícil, já que é praticamente um monólogo em um único ambiente.
A
obra começa com um jogo sexual feito num rancho particular pra apimentar o
casamento de um casal a beira dos 40 que dá muito errado quando a mulher (que
de cara percebe-se que despreza o marido) numa reação descontrolada vê seu
marido ter um ataque cardíaco e cair da cama. Nesse momento de preliminares
sexuais, ela se encontra seminua e presa por algemas reais a cabeceira da cama.
A partir daí vem todas as fases que uma situação complexa dessas pode gerar:
Negação – ela não acredita que
ele possa ter morrido durante o ataque ou a queda e tenta gritar para que ele
acorde...
Desespero – descobrindo que seu
marido está morto, ela começa a prestar atenção aos sons próximos e tenta
gritar para que algum vizinho escute...
Aceitação – Quando chega à
conclusão que ninguém está por perto e ninguém virá ajudá-la, aceita que está
condenada a definhar ali, algemada no meio do nada...
A
partir daí, começam a surgir vozes (sim, ela ouve vozes internas) com
personalidades distintas dela. Uma esposinha passiva e submissa que gosta de
fazer tudo para agradar o marido e ter a vida perfeita e uma mais forte,
#girlpower que tenta ajudá-la a raciocinar para que ela esgote as
possibilidades para tentar escapar da morte certa. Mas estar presa só traz a
tona velhas lembranças enterradas por toda uma vida (a roda que range), e essas
lembranças remoídas acabam ajudando em alguns pontos o caminho dela. Se e como
ela consegue escapar é com vocês, pessoal, só ler.
Pessoalmente eu gostei muito do livro e achei muito bem feito porque ele é muito descritivo e mesmo pessoas com pouca imaginação conseguem desenhar bem as cenas. Já pessoas como eu (uma imaginação tão vívida!) chegam a criar um filme completo na mente e devido ao teor dos temas abordados aqui (pedofilia, necrofilia, carne humana rolando, abuso sexual, etc, etc) isso se torna quase torturante em alguns pontos. Houve momentos em que eu precisei parar um minuto, tomar uma água, comer alguma coisa e esperar o estômago se acalmar para continuar. Outro ponto que chama bastante atenção de forma positiva é a acurácia realística da coisa: Os fatores do comportamento biológico (circulação sanguínea, dores no corpo), a física dos acontecimentos (a cena do copo d’água) são muito bem projetados para que pareça uma situação real e ela se torna totalmente plausível. Entretanto, é um livro bem 8 ou 80 e a maioria odeia essa obra do King, acha arrastada. Para os que não sabem, dia 29/09/17 saiu o filme adaptado dessa obra pela Netflix, o qual vai ter uma resenha aqui semana que vem, comparando as obras escrita e cinematográfica.
Bom galera, para não dar spoilers
da obra, por hoje é só. Espero que tenham a oportunidade de ler este livro, mas
lembrem: É para quem tem bom estômago (ou nenhuma imaginação).
10 comentários
Olá Renner, tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que não conhecia a obra até alguns dias atrás quando foi aquele frenesi devido ao lançamento do filme adaptado na netflix. Apesar de muito aclamado e da sua resenha super positiva essa não é uma obra que me atrai por isso vou deixar a dica passar.
Parabéns pela resenha super completa.
Amei
Oi Renner, eu acho que sou como você, consigo criar um verdadeiro filme na cabeça, e sim, nestes casos mais pesados a parada é necessária, até para me acalmar. Sem dúvida uma ótima opção de leitura.
ResponderExcluirBjs, Rose
Oi Rose, obrigado por comentar. De fato é sim complicado essas pessoas com uma imaginacão boa demais.
ExcluirOiii Renner
ResponderExcluirEu comecei a ler Stephen King este mês e estou amando a escrita do autor, ele prende demais a gente em suas histórias, com certeza ess elivro vou deixar anotado, quero ler futuramente parece ser bem legal.
Beijos
aliceandthebooks.blogspot.com
Olá!
ResponderExcluirComo adoro um terror voltado para o o lado humano, esse livro está na minha TBR. O enredo é forte e já me deu nervoso só nessa resenha.
Beijos!
Gatita&Cia.
Pois vá preparada tatiana,porque são cenas fortes. O cara é um gênio.
ExcluirOie,
ResponderExcluirAchei maravilhoso você ter gostado desse livro.
Muitas pessoas falam que esse é um dos piores livros do King, por ter pouco cenário. Mas confesso que esse é um dos livros dele que mais me chama atenção.
Adorei a sua resenha.
Beijos
Pois é, como eu disse, é 8 ou 80. Escrever com poucos cenários e poucos personagens é um grande desafio. O próprio Cornwell ja disse que descartou escrever um livro de aventura maritima por causa da limitação de cenário. Valeu por comentar. Volte sempre
ExcluirOie
ResponderExcluirnossa, que legal, como sempre deve ser algo bem pesado até pq é o King hahah eu vi o filme na netlix esses dias mas acabei não finalizando, quem sabe mais pra frente e quero tbm arriscar a leitura
beijos
http://www.prismaliterario.com.br/
Ainda não li esse livro, mas estou louca pra ler!
ResponderExcluirAmo King e pretendo ler antes de ver o filme.
O fato da "enrolação" e de demorar a chegar ao ponto, é uma característica do King. Não tem jeito. Tooodos os livros que li até o momento, são assim.
Adorei sua resenha. Ansiosa para começar a minha leitura tabém.
Beijinhos!
#Ana Souza
https://literakaos.wordpress.com/