Resenha: Roverandom
11 março
Comprei o livro
Roverandom a um tempo atrás e ainda não tinha tido a oportunidade de embarcar
nessa história. Essa foi uma leitura deliciosa, que me divertiu e bem leve. O
livro tem um molde um pouco diferente dos outros escritos por J.R.R. Tolkien,
mas ainda assim envolto de um mundo fantástico. A história é voltada para o
público infantil, ao que tudo indica ele criou essa história para confortar o
seu filho Michael, ele perdeu seu adorado cãozinho de brinquedo durante as
férias da família na praia.
O livro foi
organizado por Christina Seull e Wayne G. Hammond e traz uma apresentação
escrita por eles que reúne fatos que ligam a criação da história com momentos
vividos pela família Tolkien. Eu recomendo que a leitura da apresentação seja
feita após conhecer a história, pois algumas partes do livro são explicadas
nessa. Roverandom foi escrito ao que tudo indica após o lançamento do “Hobbit”,
mas foi recusado pela editora que queria a continuação do predecessor Tolkien
escreveu então sua obra-prima O senhor dos anéis e deixou de lado a história do
cãozinho Rover. No final do livro tem algumas notas que explicam alguns fatos e
datas, possibilitando a compreensão do momento em que a história ficou pronta.
O livro traz a história do cachorro Rover que
após ter um desentendimento com um mago mal-humorado, acaba mordendo-o e
provocando sua fúria. Como punição o mago transforma Rover em brinquedo,
reduzindo o seu tamanho, impossibilitando que ele se mova durante o dia e
devido ao seu tamanho ele quase não pode ser ouvido. Rover vai parar em uma
loja de brinquedos para ser vendido, a mãe de um menino compra-o para
presentear seu filho, a criança logo se apaixona pelo cãozinho em miniatura,
porém tudo que Rover pensava era em escapar e conseguir voltar ao seu tamanho
normal. Em um dia de sol, enquanto as crianças passeavam pela praia Rover
conseguiu escapar. Foi na praia que conheceu o mago Psamatos que desfez o
encanto dele ser um brinquedo, porém ele não podia devolver o tamanho real do
cachorro sem a autorização de Artaxexes (quem o enfeitiçou originalmente), a
fim de esperar que o mago se acalmasse decidiu enviar o cãozinho para lua e
então Rover passou a ser chamado de Roverandom e começou a viver grandes
aventuras.
Tolkien nos
surpreende com um mundo de magia, cheio de encantos e animais fantásticos. São
feitas algumas citações breves de criaturas mágicas e lugares que
posteriormente seriam citados em suas outras obras de forma detalhada. A
história fica mais densa e cheia de novos elementos ao longo de suas páginas e
é impossível não encantar pelo cachorrinho explorador que ora ganha asas para
viver suas aventuras na lua e ora é adaptado para viver suas aventuras no mar.
Este livro não figura a lista dos mais conhecidos do autor, mas é uma leitura
leve, divertida e agradável. Não é longo o que possibilita lê-lo em apenas
algumas horas. Se você assim como eu gosta de aventuras fantásticas eu
recomendo a leitura, porém atente-se ao fato de ser uma história leve e mais
voltada para o público infantil, não espere descrições minuciosas e um mundo
extremamente bem elaborado. Enfim, é uma leitura tranquila e bem agradável, eu
achei um bom livro.
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