Resenha: Insanity - Memória
26 janeiro
O que você faria se acordasse em um mundo onde você não se lembrasse de nada do seu passado? Para completar a situação tudo está um verdadeiro caos, existem criaturas estranhas pelas ruas e pessoas te perseguindo. Você precisa reagir rápido para se manter a salvo, não há tempo para pensar e nem confiar em ninguém. É exatamente em um mundo assim que Bluye (seria mesmos esse o nome dela?) acorda, ela precisa fugir para se manter segura, não possui escolhas e nem sequer sabe se pode confiar em Henry, o garoto que a ajudou a fugir do laboratório onde acordaram. É nesse clima de suspense e distopia que o livro “Insanity: Memória” é construído.
Tudo que Bluye sabe sobre o seu passado ela tomou nota através do que Henry a contou, ele garante que em um outro momento eles foram namorados e se amavam, porém, ela não consegue ter convicções destes fatos, pois tudo o que sabe é que acordou em um laboratório e tem alguns sonhos estranhos. O mundo passou por uma guerra biológica e como consequência alguns humanos sofreram mutações através de um vírus que os deixaram irracionais e com aparências estranhas.
O livro é ambientado em São Paulo e possui traços que remetem as distopias contemporâneas young adults como Jogos Vorazes, Divergente e Maze Runner, mas sem perder a sua originalidade. Cheio de cenas de ação e com um desenvolvimento rápido, o enredo me surpreendeu e chamou a minha atenção por ter um bom ritmo e cenas que me permitiram sentir a adrenalina junto aos personagens.
O autor Pedro Maciel apresentou uma escrita objetiva, sem floreios, mas cativante concisa. Ao que parece, esse livro é apenas a introdução de um universo que possui um leque de opções para ser expandido, portanto algumas pontas ficaram soltas para ser apresentados nos volumes seguintes, sem contar que o autor deixou um ótimo gancho no final do livro.
A medida que fui conhecendo os personagens fui me simpatizando com alguns e desconfiando de muitos outros, assim como Bluye fiquei alerta com relação em quem confiar. Os personagens apresentam características típicas de Young Adults, geralmente são teimosos e cometem muitos erros. Vale destacar que o romance diverge das características desse gênero, existe sim alguns momentos de flertes, mas em nenhum momento tira o foco do contexto geral, o mundo está passando por situações complicadas, é preciso se virar para se manter a salvo, não há tempo para ficar namorando. Este aspecto me agradou bastante, acho muito non-sense quando o autor desvia o tema principal para incluir um relacionamento entre um determinado casal e esquece que está acontecendo um turbilhão de coisas.
A edição não deixou a desejar, a capa apresenta uma ideia geral do que se passa no livro e é bem elaborada. A diagramação e a fonte são confortáveis.
18 comentários
Realmente 186 páginas é um livro bem curto, mas a história parece incrível e ainda se passa em uma cidade nacional, que dá para visualizarmos um pouco mais os acontecimentos. E me lembrei um pouco também essas distopias que você citou, principalmente pela personagem principal está sem memórias e não pode confiar em ninguém, mas a trama ao mesmo tempo é bem diferente e trás novos elementos. Já fiquei com vontade de ler, ainda mais sendo um livro nacional, que bom que você gostou da escrita do autor e melhor ainda ele ter deixado um bom gancho para ser respondida nos próximos livro.
ResponderExcluirTrouxa do Livro
Achei a aposta do autor certeira nesse ponto, as semelhanças existem, mas está bem dosada e não perde a originalidade. Adoro o fato de ser ambientado no Brasil, muitos autores nacionais recorrem para a ambientação no estrangeiro e gosto quando encontro livros que mostram o nosso país.
ExcluirBeijos
Olá!
ResponderExcluirNão o conhecia, mas é um nacional bem legal, ainda mais ambientado na minha cidade! Apesar de não curtir as distopias que você citou, eu arriscaria demais a obra. Não não gostei da capa, achei feinha.
Kamila,
ExcluirÉ tão bom ter a nossa cidade como ambientação, nos sentimos tão confortáveis e isso também me agrada bastante. Espero que faça boa leitura caso decida lê-lo.
Beijos
Oiii!!
ResponderExcluirNossa que livro curtinho, mas eu achei interessante a leitura. Gostei de saber que ele teve cuidado e não criou nada muito sentido.
Gostei da resenha.
Beijinhos
Oi Carol.
ResponderExcluirEu estou com esse livro aqui em casa para ler e realmente o livro é curtinho mesmo. Lendo sua resenha, eu estou com vontade de passar ele na frente de dois livros que preciso ler antes porque fiquei curiosa com a distopia nacional.
Bjos
Oi Kênia,
ExcluirEspero conferir a sua opinião em breve, a leitura é bem fluida e objetiva. Espero que faça uma boa leitura!
Beijos
Hmmm, eu gostei. Adoro distopias e clima de suspense, embora as distopias atuais tenham repetido muito a fórmula. Porém, só em saber que não desviaram o foco da coisa para o romance, já me dá uma pontinha de esperança hahaha. Anotei a dica, beijos!!
ResponderExcluirDe fato as distopias recentes tem caminhado por uma direção em que a formula tem ficado batida, é necessário ter bastante cuidado com as referências e principalmente no aspecto do romance onde acabam se perdendo mais.
ExcluirBeijos
Gosto de Distopia, mas Apocalipse zumbi eu ja dispenso! huahuahuahu
ResponderExcluirNão conhecia o autor nem a obra,mas achei interessante.
boa pedida de leitura.
obrigado pela dica.
#Ana
https://literakaos.wordpress.com/
Não são exatamente zumbis, eles possuem uma certa semelhança, mas ao invés de serem mortos-vivos eles sofrem uma mutação genética que os deixam cobertos de musgos e de certa forma irracionais.
ExcluirBeijos
Olá! Realmente deve muito difícil o que a personagem passa, de acordar com amnésia em um laboratório! Eu não sou muito de ler distopias, mas gostei do fato de o livro ser ambientado em São Paulo e dos dramas que o permeiam. Também gostei desse romance "não meloso, diferente" que você disse que acontece. Vou procurar para leitura.
ResponderExcluirBeijos!
Karla Samira
https://pacoteliterario.blogspot.com.br/
Oi Karla,
ExcluirGeralmente fico extremamente chateada quando leio um livro de distopia e o autor(a) se perde idealizando um relacionamento amoroso em meio ao caos e acaba deixando de lado a questão da sobrevivência. Espero que faça uma boa leitura!
Beijos
Olá,
ResponderExcluirDesconhecia a obra, mas fiquei bem intrigada e convidada a conhecer.
Gosto bastante de distopias e o que chamou minha atenção é que é ambientada em SP! Sem contar os elogios quanto à escrita do autor que é objetiva e coerente.
Será que Bluye é mesmo o nome da personagem e quero saber quais critérios ela usou para classificar em quem confiar ou não.
LEITURA DESCONTROLADA
Oi Michele,
ExcluirÉ sempre bom quando nos deparamos com livros ambientados no nosso país, principalmente quando existe uma cultura que o que vem de fora é sempre melhor. Espero que tenha a oportunidade de ler e desvendar alguns segredos e ao final ficar pensando em novas teorias.. rsrs
Boa leitura!
Beijos
eu acho que devo ter esse livro na minha estante o mais rápido possível, pois amei a premissa e amo distopias, mesmo nunca tendo lido nenhuma sendo ambientada no Brasil. Depois volto pra dizer o que achei. :)
ResponderExcluirhttp;//porredelivros.blogspot.com
Vou aguardar para saber o que achou!
ExcluirBoa leitura!
Beijos
Cara, eu vi um vídeo no youtube hoje sobre ele falando sobre a continuação. Eu super comprei o livro, to esperando chegar e com sua resenha eu to me debruçando aqui pra ler. Amo quando as histórias acontecem no país que a gente mora, achei bem coerente o que ele disse sobre a diversidade. Espero que ele aborde isso de um modo claro, meu pai é Chileno e eu sou meio que um hibrido, ficaria grato de ser representado como um ser brasileiro e não de fora por conta do meu pai.
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