Resenha: Mr. Mercedes

15 abril


Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Avaliação: 4/5 estrelas
Páginas: 400

Olá rascunheiros e rascunheiras, leitores apaixonados por essa experiência maravilhosa que é conhecer outros mundos. Estou aqui mais uma vez para falar de um autor nada conhecido que figura entre os meus favoritos e que eu quase não falo por aqui: Stephen King. (rsrsrs)

Nosso querido autor escreve e publica mais rápido do que conseguimos ler, mas estamos correndo atrás para alcançá-lo. E hoje vamos falar sobre o primeiro livro de uma sequência bem recente dele, iniciada em 2013: Mr. Mercedes.

Esta história (junto com os outros dois livros que vêm na sequência) tem menos elementos de terror e mais de ação/aventura/investigação. Chamada de trilogia Bill Hodges devido a um dos protagonistas, a história do primeiro livro gira em torno de um caso de assassinato não resolvido pelo detetive aposentado Bill Hodges.

No fim da crise imobiliária dos EUA, muitas pessoas desempregadas se apresentaram cedo na fila para tentar um emprego dos que seriam oferecidos pelo evento promovido pela prefeitura de uma cidadezinha do meio oeste. Mas alguém na cidade não estava disposto a permitir que estes empregos fossem distribuídos e, de repente, um mercedes acelera em direção à fila do City Center sob a neblina do início do dia e mata diversos desempregados, ferindo ainda mais.

William Kermit Hogdes, mais conhecido por Bill, era um detetive e esteve envolvido na investigação do caso que ficou conhecido como o massacre do City Center. Aposentado um pouco depois sem resolver este e alguns outros casos, o mesmo vivia uma vida monótona. Até que um dia, recebeu uma correspondência que reacendeu sua vontade de pegar aquele que ficou conhecido como O Assassino do Mercedes.

A história envolve ainda vizinhos de Bill e a família da dona do mercedes que foi usado no massacre.
Numa construção que eu gosto muito, King alterna entre as perspectivas de cena de Bill e de Brady Hartsfield nosso (não tão) querido assassino do mercedes. O garoto, perturbado (provavelmente pelas relações familiares) acompanha de perto a aposentadoria de nosso det. apos. pois trabalha em um carrinho de sorvete além de ser técnico de computadores.

Para aqueles que ainda não sabem, King já teve muitas experiências traumáticas ao longo da carreira, uma delas quando foi atropelado e quase morreu. Desta experiência surgiram alguns carros assassinos de suas obras como Christine, From a Buick 8 e, mais recentemente nosso Mercedes. 

Além deste, diversos outros easter-eggs rondam a obra, como o fato de Brady usar uma mascara de palhaço durante o massacre. Durante a investigação, um dos policiais afirma: "O rosto da máscara era bem parecido com o de Pennywise, o palhaço do filme.” Ahh, os elementos de capa também contam bastante coisa. Se vocês procurarem na internet pelo local de mensagens Under Debbies Blue Umbrella, irão encontrar uma página (creeepy). Eles não aceitam novos usuários mas se você entrar com a senha kermitfrog19, vai ver o ambiente do livro.

Ao longo desta caçada, Bill encontra amigos em pessoas inesperadas, coisas ruins acontecem de verdade e o seu ar vai desaparecer quando descobrir o que Brady Hartsfield planejou como gran finale da sua carreira de assassino. 

Se você ainda não se convenceu, leia o primeiro capítulo, porque diferente de muitos outros livros de King, este engata logo nas primeiras páginas.

Até a próxima pessoal.

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