Te conto um conto: O Papel de Parede Amarelo

26 novembro

Autora: Charlote Perkins Gilman

O feminismo tem sido um tema cada vez mais recorrente na literatura. Personagens femininas antes submissas a uma sociedade patriarcal (dominada pelo homem) passam em um cenário atual a ter voz, coragem e força para expressarem suas opiniões . Não se deixem enganar ainda tem muitos livros que tentam passar essa representatividade feminina de forma errônea só por ser um tema está em foco e que de certa forma “vende” mais, por isso é importante ter um olhar crítico e conhecer a fundo a história por trás do feminismo. Vale ressaltar que o feminismo em nenhum momento tem como objetivo a superioridade das mulheres e sim, a busca pela igualdade dos sexos. Esse é um tópico que pretendo abordar com calma posteriormente, hoje quero falar sobre um conto que se encaixa bem no feminismo.
Será que o feminismo é um tema novo na literatura? Se engana quem respondeu sim, temos diversos exemplos como Virginia Wolf, Jane Austen (diga-se de passagem uma autora que escreveu uma crítica e tanto da sociedade na época em que viveu), Alice Walker e tantas outras que fugiram totalmente do estilo literário predominante na suas respectivas épocas e criaram personagens que valem a pena serem conhecidas por todos. Hoje, irei falar um pouco sobre um conto publicado pela primeira vez em 1891, escrito pela autora estadunidense Charlotte Perkins Gilman. A autora que já fugia da regras sociais que dominavam o seu tempo, tem o conto “O papel de parede amarelo” como um dos seus escritos mais famosos. Já adianto que é uma ótima leitura.
O conto é escrito em forma de diário por uma mulher diagnosticada com uma depressão nervosa temporária. Seu marido que é médico toma a decisão de mantê-la confinada em um quarto, proibida de fazer qualquer atividade, ela começa a escrever em segredo em seu diário. Logo, ela se torna obsessiva pelo papel de parede amarelo do quarto e começa a imaginar que há mulheres presas nele.
“O papel de parede amarelo” traz um relato verídico sobre a depressão, descrita de uma forma profunda e que causa até mesmo sofrimento. O leitor sofre com a personagem, sente suas angústias, ao mesmo tempo que lê nas entrelinhas grandes críticas a sociedade dominada pelo homem e que pouco se sabia sobre a depressão.

Poucas palavras foram suficientes para descrever os distúrbios causados pelo confinamento e forma como a mulher não tinha voz perante a sociedade. Uma leitura de grande valor e que deveria ser de conhecimento de todos.
Esse conto está disponível no Kindle Unlimeted.

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