Novo Conceito

Resenha: Tudo e Todas as Coisas

30 julho

Ouvi muitos elogios ao livro Tudo e Todas as Coisas na época em que foi lançado e finalmente tive a oportunidade de lê-lo. Já imaginava que iria gostar da leitura, mas ainda assim me surpreendi ao ser conquistada por esse sick-lit. O gênero em si carrega temáticas que são mais pesadas que nos levam a reflexão sobre a doença em questão e esse livro não é diferente. O leitor é apresentado a Madeline Whittier uma garota de apenas dezoito anos que nunca saiu de casa, pois ela é alérgica ao mundo externo.
Quando ainda era criança Maddy foi diagnosticada com IDCG (Imunodeficiência Combinada grave)  também conhecida como ‘doença da criança na bolha’. É uma doença rara, qualquer coisa pode causar alergia e assim desencadear várias outras doenças. Um cheiro de um produto de limpeza diferente, algum tempero, perfume de alguém, ou seja, qualquer coisa nova pode atacar o organismo de quem possui essa doença.
A mãe de Maddy é médica por isso tomou as devidas precauções para proteger a filha do mundo externo. A casa é toda adaptada com filtros de ar e paredes brancas, para alguém ter contato com Maddy é preciso fazer uma esterilização durante um determinado período de tempo e permitir o acesso ao histórico médico. Além da mãe a única pessoa que convive com a garota é a sua enfermeira Carla que também é sua amiga.
Apesar de ter que viver com cuidados extremos Maddy aceita a sua condição, sabe os perigos que corre se for exposta ao mundo externo e acaba sendo feliz com a rotina que leva. Só que essa felicidade será abalada, quando uma família muda para a casa ao lado e ela conhece Olly, um garoto de olhos azuis da cor do oceano, se ver desejando levar uma vida normal como a de qualquer outro adolescente.
A princípio Olly não tem conhecimento da doença de Maddy, acha que ela está de castigo, mas encontra uma forma de se comunicar por troca de e-mails e mensagens instantâneas. Os dois logo desenvolvem uma cumplicidade e acabam se aproximando cada vez mais, até que se veem apaixonados. Agora Maddy deseja conhecer o mundo externo e viver várias experiências ao lado de Olly.
Ao realizar a leitura é impossível não se imaginar no lugar da protagonista, principalmente porque estamos tão habituados com todas as coisas que nos cercam, o calor do sol, o vento no rosto, viagens e tantas outras coisas que passam despercebidas no dia-a-dia. Imaginar que uma pessoa precisa ser privada de tudo isso para se manter viva parece absurdo.
A medida que me vi imersa no universo dessa adolescente, mesmo com todas as consequências da doença, me peguei torcendo pelo casal e imaginando uma forma que permitisse aos dois que ficassem juntos, possibilitando que a Maddy vivesse algumas experiências comuns a todos os adolescentes. Ao mesmo tempo que também pude sentir os cuidados, o amor da mãe pela filha, tudo que ela abriu mão, as perdas e todas as reações que ela teve ao longo do livro. A autora possibilitou que o leitor compreendesse todos os lados da história.
A narrativa é feita em primeira pessoa por Maddy, logo é possível perceber tudo que ela anseia, se sensibilizar com a sua condição e desejar que ela realize alguns de seus sonhos. Todos os personagens que possuem destaque são densos e bem compostos. Olly enfrenta problemas familiares e isso reflete na sua composição. A enfermeira Carla se apresenta como uma figura maternal, amorosa e tudo isso levando em conta a sua vida fora do trabalho.  A autora soube conduzir todo o enredo de forma primorosa no seu romance de estreia. Em meio as páginas do livro pude me emocionar, me ver vivendo no lugar da protagonista e fui conquistada por outros personagens da trama.

A edição está muito bem feita, a capa é linda e tem tudo a ver com o conteúdo do livro assim como o título. O papel utilizado foi o pólen (folhas amareladas), a fonte e o espaçamento não deixam a leitura cansativa, o livro ainda conta com algumas ilustrações que complementam ainda mais a experiência de leitura.
Indico a leitura para todos que gostam de sick-lits e de um bom romance com alguns dramas. A leitura é fluida e rápida, possibilitado devorar o livro em algumas horas ou mesmo em poucos dias. O enredo cativa, sensibiliza e leva o leitor a refletir sobre diversos temas.

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Séries

Séries: Stranger Things

29 julho

Eu estava ouvindo muito a respeito da série Stranger Things que está sendo muito bem comentada, além disso tem nota 9,2 no IMDB, logo decidi que precisava acompanhar esse seriado. E movida pela curiosidade assisti o episódio um da primeira temporada e já estou perdidamente viciada. Os episódios tem cerca de 40 minutos, mas essa é uma daquelas séries que não percebemos o tempo passando. A primeira temporada tem apenas oito episódios e é uma série original da Netflix.

A série homenageia grandes clássicos da década de 1980, possuindo referências das obras de Stephen King, John Carpenter e Stephen Spieberg. Para quem é fã dos filmes da época a série é pura nostalgia e recheada de suspense, mistérios, referências científicas e forças sobrenaturais. A trilha sonora também é incrível conta com The Clash, The Seeds, entre outros clássicos. Outro ponto em destaque são os personagens da série, logo de início já nos encantamos com o grupo de garotos que jogam Dungeons & Dragons (D&D) e não para por aí, ao longo do primeiro episódio somos apresentados a vários outros personagens bem interessantes.

Para quem ainda não conhece a série o primeiro episódio já começa com cenas de perseguição e desaparecimentos estranhos, com direito a luzes piscando para conferir ainda mais emoção a cena e uma criatura não identificada. Após o desaparecimento do garoto Will começam as buscas para encontrá-lo e claro seus amigos não poderiam deixar de tentar ajudá-lo. É em meio a busca que o grupo de garotos se depara com uma menina que possui alguns dons sobrenaturais que está sendo procurada por um grupo de agentes do governo.
Não irei detalhar mais do que isso sobre a série para não estregar a surpresa para quem pretende começar a acompanhar, mas já adianto que o primeiro episódio se encerra com gostinho de quero mais. Indico a série para todos que gostam de um bom thriller da década de 1980, todas as referências são nostálgicas e a série está muito bem produzida, vale a pena conhecer.





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Intrínseca

Resenha: Cidade dos Etéreos

28 julho

Contém spoilers do primeiro volume da série. Confira a resenha O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares o primeiro volume da série.

 Cidade dos Etéreos  é o segundo volume da série O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Demorei um pouco para iniciar essa leitura, não por falta de interesse e sim por acabar passando outras a frente, mas quando tive a oportunidade de ler eu praticamente devorei o livro. Assim como o primeiro volume da série esse divide opiniões, tem o grupo dos que não gostaram e os que gostaram, eu faço parte do segundo. Gostei bastante da narrativa, da forma como o autor conduz os fatos e o mistério que é desenvolvido nesse volume. 
O segundo livro começa exatamente no ponto que se encerra o primeiro, as crianças peculiares embarcando em botes rumo ao desconhecido, no ano de 1940, para salvar a mentora deles a Srta. Peregrine que está presa em sua forma de ave. As crianças não sabem exatamente como devem proceder e o que precisam fazer, só que precisam sair da ilha em que moram em busca de outra Yimbryne em outras fendas temporais. Ao longo do caminho enfrentam grandes obstáculos ao mesmo tempo que descobrem mais sobre a história dos peculiares.
Jacob e Emma guiam o grupo de crianças e precisam tomar decisões importantes para manter todos em segurança. Jacob precisa ainda lidar com a sua recém descoberta de ser um peculiar, compreender como funciona as habilidades que possui e decidir o que ele de fato quer, se é permanecer no passado (1940) ou seguir sua vida no presente junto com os seus pais. Além disso, precisa lidar com o amor que sente por Emma.
Ao longo do desenvolvimento compreendemos também um pouco mais sobre os objetivos dos acólitos e etéreos. O enredo é repleto de ação, situações de perigos e também são apresentados ao leitor alguns novos peculiares. O grupo por diversas vezes conta com a sorte para continuarem vivos, mas também precisam agir de uma forma não convencional para a idade deles, aprender a lidar com a morte, inimigos e derrotas. Assim como no primeiro livro a narração é feita sobre o ponto de vista de Jacob, logo o leitor se surpreende e faz descobertas junto ao personagem que está sendo apresentado ao mundo peculiar. 
Vale ressaltar que o livro é juvenil, todas as vezes que embarco no gênero tento ter a visão da faixa etária para o qual foi escrito e dessa forma avaliar. Através dessa perspectiva eu achei a história bem original e todas as peculiaridades muito bem aplicadas com um toque bizarro que eu adorei.  Mais uma vez as fotografias me surpreenderam e conferiram ainda mais originalidade a história, um complemento visual que na minha opinião enriquece ainda mais a experiência de leitura. O mistério que se desenvolve ao longo da trama é sensacional, o leitor é conduzido por uma direção para ter uma grande surpresa no final, ao mesmo tempo que as pistas corretas estavam presente por todo o livro.
A leitura foi dinâmica e fluida, até o momento esse é na minha opinião o melhor livro da série. O segundo volume encerra com um gancho final sensacional, assim como ocorreu no primeiro e já estou ávida para ler o terceiro, esse será lançado em breve no Brasil e também será publicado pela Intrínseca. A editora ainda irá lançar o livro extra Contos Peculiares que é o mesmo que  acompanha o grupo ao longo da jornada do segundo volume.
Outro ponto que gostei bastante foi a presença de uma entrevista com o autor no final do livro. Lá encontrei informações relevantes sobre o processo de criação, como as fotos foram selecionadas, as adaptações que ele fez após decidir qual foto seria utilizada para a descrição de determinados trechos do livro e ainda uma prévia das fotos que aparecem no terceiro volume.


A edição do segundo volume se difere do primeiro por ser capa dura e ter tamanhos diferentes, isso ocorre devido ao fato de terem sido publicados por editoras diferentes. No mais, por dentro segue o mesmo padrão, as folhas são amareladas (papel polem), as divisões de capítulos são bem parecidas (tem uma variação de cor) e as páginas que as fotografias são apresentadas remetem a um álbum de fotos antigo. Logo no início de Cidade dos Etéreos nos deparamos com o registro de peculiares e não-peculiares que foram apresentados no primeiro volume, com a foto e a habilidade de cada um. Eu gostei bastante da presença do registro pois ajuda a quem leu a mais tempo o livro antecessor se recordar dos personagens e se situar novamente.
Indico a leitura para todos que gostam de literatura infanto-juvenil fantástica. Acredito que as pessoas que gostaram do livro Os Goonies acredito também irão apreciar bastante a leitura. Para todos que leram o primeiro volume e estão ansiosos pela continuação vale a pena investir nesse livro.

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Parceria

Resenha: Para Onde Você foi?

25 julho


Eu tive o prazer de ler a obra “Para Onde Você foi?” através da parceria com a autora Josiane Scapin Dutra. Um livro que narra uma história fictícia, porém poderia perfeitamente ser uma história real de alguém conhecido ou até mesmo o próprio leitor pode se identificar com algumas situações vividas pela protagonista.. A vida nem sempre é um mar de rosas, é preciso enfrentar diversos obstáculos para alcançar aquilo que almeja. É através de Clarissa, uma mulher forte e batalhadora que a autora nos conduz em uma narrativa capaz de nos emergir em uma trajetória repleta de percalços em busca da realização dos sonhos.
Esse é o segundo livro da autora e é inegável sua habilidade em conduzir uma trama bem elaborada e consistente. Clarissa quando chega a Porto Alegre traz consigo a necessidade de ajudar os pais que possuem uma vida difícil no campo, além de ter os traços de uma jovem inocente do interior que se ver perdida em uma cidade grande em busca de um emprego. Não se engane acreditando que ela terá uma vida de contos de fadas, encontrar um emprego, conseguir se manter na cidade e realizar seus sonhos não será uma tarefa fácil, pois a vida prega as suas peças. Em relação a vida amorosa da protagonista ela viverá altos e baixos, terá que lidar com rapazes que só desejam viver aventuras e irá se ver dividida entre seus sonhos e viver uma grande paixão.
Um dos aspectos que mais me agradou em Clarissa é a sua busca incansável pelos seus sonhos, confesso que diante de várias circunstâncias em que ela vive ao longo do livro eu não teria forças para prosseguir, mas ela se mantém firme. O que não quer dizer que ela não teve os seus momentos de fraqueza, ela vive as dúvidas, suas tristezas e angústias, ela se questiona se deve ou não voltar para o campo e desistir de seus sonhos. Mostrando assim um lado humano, onde todos estão suscetíveis a cometer erros e ainda assim demonstra a capacidade de continuar persistindo na busca do tão almejado lugar ao sol.
A narrativa é em terceira pessoa, somente alguns trechos narram os pensamentos e percepções da protagonista em relação a algumas situações. Durante o desenvolvimento não nos deparamos com muitos diálogos, o leitor tem uma visão mais geral sobre o teor dos assuntos tratados entre os personagens. Esse aspecto me incomodou um pouco, pois gosto de narrativas repletas de detalhes, descrições e diálogos, que envolvem o lado mais emocional dos personagens, mas isso é só uma preferência pessoal.
O livro publicado pela Quatrilho Editorial um selo da editora Belas-Letras conta com uma edição simples em capa cartão. As folhas são amareladas, a fonte é confortável e o espaçamento entre as linhas é bom. A capa é realmente muito bonita, com detalhes que remetem a paixão pela música e as mudanças que a protagonista precisa encarar ao longo de sua trajetória. Outro detalhe que gostei bastante foi a presença de trechos de músicas pop-rock no início dos capítulos, fazendo uma breve introdução do que ocorrerá no capítulo.

Indico a leitura para todos que estão em busca de um livro que fala sobre sonhos, perdas, desilusões, erros, metas e amor. Ao longo da narrativa o leitor é presenteado com uma história consistente, onde os personagens estão em crescimento contínuo, amadurecendo no decorrer das páginas e emocionando. 
Interessou-se pelo livro? Ele está disponível para venda nas seguintes lojas virtuais: Do Arco da Velha, Livraria Cultura e Saraiva. Quer saber um pouco mais sobre a autora (clique aqui).

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Kiron

Resenha: Primeiras Impressões

24 julho

Sou encantada pela obra Orgulho e Preconceito de Jane Austen desde a primeira vez em que assisti ao filme. Logo depois li o livro e desde então tenho procurado obras que adaptem de forma especial esse clássico maravilhoso. E então conheci Primeiras Impressões e tive o imenso prazer em fazer a leitura através da parceria com a autora LRDO. A escrita da Laís fez com que eu mergulhasse nessa obra moderna, cheia de originalidade, mas sem deixar de lado o toque do clássico da Jane.
Depois de ter morado em Boston com sua irmã Jane e sua melhor amiga Charlotte, Liz decide voltar ao Brasil para passar as férias em Búzios na pousada de seus pais. Havia feito faculdade em uma universidade americana e trabalhava na loja de ficção científica do tio Jardim. Seus pais estavam estabilizados financeiramente e não faltavam a eles o conforto. Além de Jane e Liz,eles  tinham mais duas filhas: Maria e Lídia.
Charles e Frederick são melhores amigos e quando chegam ao Brasil para cuidarem dos negócios pois Charles desejava abrir um restaurante, Frederick desaprova completamente a ideia e está disposto a fazer de tudo para que o amigo desista dos planos. Sabendo da chegada dos americanos ricos, quem fica mais animada é Janaína que deseja ver as suas duas filhas mais velhas casadas e não perde tempo para conhecer os estrangeiros e colocar seu plano em prática.
Charles se encanta de imediato pela beleza e pelo jeito da Jane que também logo se encontra completamente apaixonada pelo rapaz. Quem não apoia esse relacionamento é Frederick Darcy e a irmã de Charles, Caroline. E é por causa do amor desse amor que Lizzie e Frederick se tornam próximos, mas a convivência entre eles é bem difícil.
Primeiras Impressões é a primeira adaptação moderna de Orgulho e Preconceito que li e me impressionou da primeira até a última página. Apesar de conhecer bem a obra da Jane, fiquei feliz que a autora tenha sido fiel ao clássico, e os cenários, a forma de ser dos personagens deram o toque de originalidade ao livro. Enquanto Frederick Darcy é um político que almeja o cargo de senador e mostra-se ranzinza na maior parte do tempo, Lizzie está pronta para fazer o mestrado e é inteligente e sarcástica. Mesmo com tantas diferenças, ambos não estavam preparados para o sentimento profundo que despertaria os dois.
Para quem conhece Orgulho e Preconceito, não pode deixar de ler esse livro.  Escrito de forma leve e incrível, Laís descreveu a obra clássica de forma admirável. Narrado em terceira pessoa, com personagens bem construídos, só posso dizer que estou ainda mais encantada por Orgulho e Preconceito, pois foi essa obra que me possibilitou ler essa adaptação e tantas outras que desejo ler depois dessa.
Em relação a diagramação, as folhas são brancas, as letras são de um bom tamanho e a capa está demonstrando bem o cenário magnífico em que ocorrem os fatos, e o título explica bem o que acontece no livro.
Recomendo esse livro para os fãs de Orgulho e Preconceito e também para aqueles que ainda não conhecem a obra clássica. Primeiras Impressões é um livro para guardar no coração e também para lembrar que é possível se apaixonar pelos mesmos personagens mais de uma vez!
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Record

Resenha: 1 Milhão de Motivos Para Casar

23 julho

Já tinha algum tempo que eu estava com muita vontade de ler esse livro, mas sempre que via algum comentário negativo em relação a ele eu desanimava. A minha curiosidade aumentou quando descobri que a Gemma e a Sophie Kinsella são irmãs, e como já conheço o trabalho maravilhoso da Sophie, fiquei bem empolgada. Para completar, a proposta do enredo é incrível e depois de concluir a leitura, fiquei com vontade de ter lido esse livro bem antes.
Jessica Wild foi criada pela avó que fez o possível para que a neta se tornasse completamente diferente da mãe. Nada de vaidade, futilidades ou se apaixonar, como se não bastasse a avó passava o tempo inteiro a criticando e parecia que nada a agradava. Até que um dia a avó decide morar em uma casa de repouso, pois ela afirmava que Jessica não saberia como cuidar dela e a neta concordou plenamente. Logo depois Jess foi morar com a sua melhor amiga Helen.
Apesar de não se dar bem com a avó, ela sempre a visitava e foi nesse tempo que conheceu Grace, que também vivia na casa de repouso, mas que ao contrário da avó era bem agradável. Jessica gostou tanto dela que quando a sua avó faleceu, ela continuou visitando Grace que acreditava plenamente no amor e por isso ela sempre perguntava da vida amorosa de Jess que tentava se esquivar do assunto. Porém, para não desagradar Grace, ela criou uma história em que estava completamente apaixonada pelo seu chefe Anthony Milton. A mentira foi virando uma bola de neve até estarem casados. A surpresa maior foi quando Jessica soube da morte da amiga pelo advogado de Grace, que ela era a herdeira de 4 milhões de libras, levando em consideração que Jess jamais soube desse dinheiro. Porém, havia um empecilho: a herança foi deixada para Sra. Jessica Milton e ela não era casada com Anthony.
Junto com Helen, elas criam o Projeto Casamento que consiste em conquistar o chefe dela e casar com ele em 50 dias, mas ele não poderia saber o real motivo. E é a partir disso que todas as confusões na vida de Jessica começam a aparecer, pois ela precisa conquistar Anthony e ainda fugir do advogado de Grace que insiste em falar da herança.
Já tinha um bom tempo que eu não mergulhava no mundo dos chick-lits e 1 Milhão de Motivos Para Casar foi uma leitura surpreendente. Porém, achei algumas partes do início um pouco cansativas, levando em consideração  que o humor estava um pouco forçado. Mas a partir do momento em que elas investem no plano, a leitura me prendeu e eu me diverti muito com os personagens.
O livro é narrado em primeira pessoa, e apesar de Jessica ser bem resistente as maluquices da sua amiga Helen, ela também queria que o projeto desse certo, mas ao mesmo tempo pensava em desistir por não se achar capaz de realizar tudo isso em apenas cinquenta dias. Porém, a amizade com Grace era maior e ela decide arriscar. E são em alguns desses momentos que a diversão é garantida. Apesar do tema clichê, fiquei bem surpresa com o final da história e quando eu imaginei o que poderia acontecer, não cheguei nem um pouco perto das ideias da autora.
Portanto, para quem gosta de um bom chick-lit leve, divertido e ao mesmo tempo surpreendente, que fala sobre o casamento e nos faz refletir sobre a importância do amor, esse é o livro que recomendo!

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Globo Alt

Resenha: A Fúria e a Aurora

21 julho

Eu fiquei bem empolgada para ler este livro desde que a Globo Alt anunciou o lançamento. De início eu já estava encantada com a capa e após ler a sinopse não tive dúvidas que gostaria de fazer a leitura. Eu já tinha lido alguns comentários bem promissores da obra e comecei a ler a história com grandes expectativas.
Sherazade é uma jovem de dezesseis anos que se voluntaria para se casar com o rei Khalid Ibn Al-Rashid depois da morte da sua melhor amiga Shiva, que foi assassinada pouco tempo após casamento. Em Khorasan, Khalid Ibn Al-Rashid é visto como um califa jovem cruel por matar as esposas ao amanhecer. E é pela morte de Shiva que Sherazade faz uma promessa aos seus familiares de que ela vai sobreviver e tudo o que ela quer é matar o rei e vingar a morte da amiga. Após o casamento, para sobreviver, Sherazade tenta seduzir o rei com histórias encantadoras que não tem fim e sempre continuam no dia seguinte. E todos os dias, ela dorme com medo de que o próximo dia seja o seu último nascer do sol.
Logo o rei percebe as suas intenções, mas por algum motivo ele deixa Sherazade vivendo, mesmo tendo fortes motivos para matá-la. E é convivendo no palácio que a jovem conhece um pouco mais do menino-rei e ao mesmo tempo  deseja conhecer fortemente os motivos que o levou a cometer tantas mortes cruéis e mesmo sem querer ela vai se afeiçoando ao califa que assassinou a sua melhor amiga.
Um dos personagens secundários que tem destaque na trama é o Tariq, que é apaixonado pela Sherazade e é seu amigo de infância. Tudo o que ele deseja é libertá-la do califa. Apesar da paixão pela jovem, não há exatamente um triângulo amoroso nesse livro, pois é possível perceber que Sherazade estava aos poucos se encantando pelo rei.
A Fúria e a Aurora é uma releitura do famoso livro As Mil e Uma Noites, que na versão original conta a história do rei Shariar que ao descobrir a traição da esposa a assassina junto com o seu amante e decide casar-se todas as noites e ao nascer do sol mandaria executar a esposa. Mas essa situação muda quando ele conhece Sherazade que todos os dias cria uma história que promete continuidade nos dias seguintes e assim ela vai sobrevivendo.
A Fúria e a Aurora é um livro intrigante e ao mesmo tempo encantador com personagens bem construídos. Apesar da maldade aparente do jovem rei, aos poucos o personagem mostra-se bem diferente e não tem como não gostar dele. A personagem Sherazade é bem forte e determinada e vive em conflito com o seu coração que parece não querer obedecê-la.
Apesar da narrativa surpreendente, achei a leitura um pouco arrastada no início, mas a medida em que ela se desenvolve e os fatos vão acontecendo, não consegui parar de ler até chegar na última página. Fiquei com o coração na mão quando finalizei o livro, porque infelizmente a continuação vai demorar um pouco para ser lançada no Brasil.
O livro é narrado em terceira pessoa, o que contribuiu para conhecer um pouco mais de todos os personagens envolvidos na trama. No início do livro, também tem um glossário para ajudar a compreender algumas palavras usadas na história, mas quase não recorri a ele, porém eu fiquei um pouco perdida no inicio, mas no momento que a leitura fluiu, acostumei com a narrativa da autora.
Para quem gosta de releituras com muita originalidade, além de embarcar em uma cultura diferente, esse é o livro que recomendo sem dúvidas!

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Meta de leitura: 5 Livros que eu quero ler ainda esse ano

21 julho

Olá pessoal, tudo bem? Todo os anos eu organizo a minha meta de leitura no skoob e no ano passado, infelizmente não consegui ler todos os livros que gostaria. Mais uma vez, organizei a minha meta de 2016, mas já está passando da metade do ano e ainda não consegui ler todos os livros. Sempre seleciono algumas leituras no início do ano, mas a medida em que novas vão surgindo, vou adicionando. Foi pensando nisso que escolhi cinco livros especiais da minha lista que ainda quero ler esse ano e gostaria de apresentá-la a vocês.


Esse livro me chamou a atenção desde o lançamento, porém ainda não tive a oportunidade de ler. A capa é simplesmente linda e a premissa do livro sobre a fé despertou muito a minha curiosidade.

Sinopse: Ellie tem quinze anos e um melhor amigo — e amor — chamado Nolan. Um dia antes de Ellie se mudar para o outro lado do país com o pai, ela e Nolan escrevem cartas um para o outro e as enterram debaixo de um velho carvalho. O plano é se reencontrar no mesmo lugar dali a onze anos para ler o que cada um escreveu — apenas para o improvável caso de eles perderem contato. Agora, conforme a data se aproxima, muita coisa mudou. Ellie abandonou sua fé e luta para criar a filha sozinha. Na correria do dia a dia, ela sempre encontra tempo para ver na TV seu antigo amigo Nolan, hoje um famoso jogador profissional de basquete, cuja fé em Deus é conhecida pela nação inteira. O que poucos sabem é que as perdas que ele sofreu na vida pesam em sua alma. Mesmo com toda fama e sucesso, Nolan se sente sozinho, assombrado pelo vazio que domina seu coração desde que sua melhor amiga foi embora. Tanto para a desiludida Ellie quanto para o intenso Nolan, o reencontro é mais do que uma promessa de adolescência — é a última chance de descobrir se é tarde demais para se entregar ao amor. Em A última chance, Karen Kingsbury nos brinda com uma história sobre perdas dolorosas, o poder da fé e as feridas que somente o amor pode curar.


Esse livro é um spin-off de Procura-se um marido, e depois de ter me encantado pelo primeiro livro, estou bem animada para ler o segundo. Eu já conheci o personagem Marcus um pouco no primeiro livro, o que me deixou mais curiosa para a leitura.

Sinopse: Com Mentira Perfeita, Carina Rissi prova mais uma vez que o seu forte é contar boas histórias, com ritmo acelerado e repletas de paixão, humor e reviravoltas. Júlia não tem tempo para distrações. Ela é brilhante e sempre se esforça para ser a melhor naquilo que faz; por essa razão, sua vida pessoal acabou ficando de lado. Algo que sempre preocupou sua tia Berenice. Gravemente doente, a mulher teme que Júlia acabe completamente sozinha quando ela se for. Júlia faria qualquer coisa qualquer coisa mesmo! por tia Berê e, em seu desespero para agradar a única mãe que já conheceu, inventa um noivo enquanto torce por um milagre... E então o milagre acontece: Berenice se recupera e, assim que deixa o hospital, gasta todas as suas economias com o casamento dos sonhos para a sobrinha. Como Júlia pode contar a ela que mentiu, com a saúde da tia ainda tão frágil? É quando Júlia conhece Marcus Cassani. Ele é irritantemente cínico, mulherengo e lindo de um jeito que a deixa desconfortável. Marcus também está enfrentando problemas, e um acordo entre eles parece ser a solução. Tudo o que Júlia sabe é que deveria se afastar de Marcus. Mas seu coração tem uma ideia muito diferente... Mentira Perfeita é um spin-off de Procura-se Um Marido, uma história que se passa no mesmo universo da primeira. Aqui você vai conhecer novos personagens inesquecíveis, além de rever aqueles que já moram no seu coração.


Essa é a segunda edição do livro e só pela capa já fiquei encantada. Gosto de livros com uma boa dose de romantismo e Sob a Luz dos Seus Olhos aparenta ter tudo o que espero em uma boa leitura. Agora é mergulhar na leitura.

Sinopse: Considerada a “Nicholas Sparks de saia” pelos fãs, por suas histórias românticas voltadas especialmente para o público jovem adulto, a paulista Chris Melo estreia na Rocco, pelo selo Fábrica231, com Sob a luz dos seus olhos. A trama conta a história de Elisa, que embarca para a Inglaterra decidida a começar sua vida adulta, levando na bagagem seus planos e sonhos para o futuro; e Paul, um artista tentando se encontrar e que vive intensamente cada momento. O que poderia ser apenas um encontro casual entre dois jovens tentando achar o seu lugar no mundo se transforma, pelas mãos de Chris Melo, numa profunda jornada de autoconhecimento, superação, perdão e recomeços protagonizada por duas pessoas comuns que experimentam o poder extraordinário do amor. Um presente para quem já é e para quem vai se tornar fã de Chris Melo.



Com uma linda capa e uma sinopse intrigante, A Rebelde do Deserto ganhou destaque na minha meta de leitura e espero que faça parte das minhas próximas leituras. Gosto muito de livros de fantasia e com mitologia árabe parece ser bem mais interessante. Outro ponto importante foram os comentários positivos a respeito do livro.

Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir. 


Apesar de não ter lido nenhum livro da Samanta Holtz, li tantos comentários maravilhosos a respeito das obras dela que estou bem animada para ler esse livro. Também quero conhecer os outros livros publicados pela autora, mas esse foi o que mais chamou a minha atenção. Uma história que reúne romance e outono.

Sinopse: A vida aos dezoito anos está muito diferente do que Anna Hills havia sonhado. Sozinha em uma cidade estranha, reprovada no vestibular e demitida do emprego, ela enfrenta a difícil batalha para superar o desânimo e ir em busca de um lugar no mundo que possa chamar de seu.
Determinada a deixar os fracassos para trás, Anna descobre nos classificados a vaga para baby sitter de uma garotinha que vive com o tio. No entanto, ela não imagina que aquele pequeno anúncio de jornal se tornará o passaporte para as maiores emoções da sua vida, colocando-a face a face com mudanças, escolhas e com John, o rapaz que amava em segredo desde a infância, em um encontro que os levará a desvendar o verdadeiro sentido do amor, da vida e da importância de fazer cada instante vivido valer a pena.
Em uma tortuosa e apaixonante jornada, Anna descobrirá a força de uma grande amizade, a dificuldade de se conquistar o coração de uma criança e, acima de tudo, o poder transformador do amor, naquele que será o melhor e o pior outono da sua vida.


Bom, esses são os livros que ainda quero ler esse ano e vocês? Quais livros estão na sua meta de leitura? Conta nos comentários! É sempre legal embarcar em novas leituras!

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Planeta

Resenha: Once Upon a Time - Uma Antologia de Contos de Fadas

19 julho

Sempre fui encantada pelo mundo dos contos de fadas por ser a primeira experiência literária que vivenciei. Lembro-me que durante a minha infância, passei muito tempo frequentando a biblioteca da minha escola só para ter a oportunidade de ler essas histórias mágicas sem ver o tempo passar. Mesmo depois de muitos anos, muitos contos se tornaram inesquecíveis e  tive a oportunidade maravilhosa de relembrá-los através dessa antologia.
Muitos contos famosos dos Irmãos Grimm compõem essa obra. Apesar de ter contos não tão populares também, ainda senti falta de alguns que li muitos anos atrás e gostaria de ter a oportunidade de ler novamente.  Contos como João e Maria, Cinderela, A Bela Adormecida, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e alguns outros estão presentes e trazem uma narrativa um pouco diferente da forma como a conhecemos.
Dos contos que li um dos meus favoritos é Cinderela, que através dos Irmãos Grimm ganha uma nova versão, em que o pai ao voltar da viagem presenteia  a filha com um galho que ela planta no túmulo da mãe até que ele cresça e se transforme em uma bela árvore que vai conceder os seus desejos ao invés da fada madrinha. Nessa versão, a madrasta  e as irmãs são ainda mais más, mas pagam caro pela maldade que fizeram com Cinderela.
Alguns contos não são muito conhecidos e trazem histórias tão encantadoras quanto os tradicionais. O Rei Barba de Melro e Os Seis Cisnes eu ainda não conhecia e valeu a pena a leitura de cada um deles.
Um dos pontos importantes a respeito dos Irmãos Grimm é que eles escreveram os contos durante muitos anos e ao longo do tempo foram reescrevendo alguns e mudando, devido a inúmeras críticas que receberam por conta das histórias não corresponderem ao público infantil como eles falaram. Os contos ganharam versões mais "leves" e aos poucos eles se popularizaram entre leitores do mundo inteiro.
Na coletânea da Editora Planeta, foram selecionados 30 contos e ao final de cada um deles tem uma ilustração especial. É impossível falar de todos, mas todas as histórias tem a sua "mágica" e ao final do livro desejei ter mais desses contos pra ler e reviver os momentos de "Era uma Vez" até os "Felizes para sempre".
Portanto, se você gosta de contos de fadas e desejaria relembrar essas histórias maravilhosas que fizeram parte da infância de tantas pessoas, esse é o livro que indico para você!
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Parceria

Parceria: Simone Taietti

17 julho

Olá pessoal, tudo bem? É com imenso prazer que anunciamos a mais nova autora parceira do blog, Simone Taietti. Estamos muito felizes em ter a oportunidade de conhecer o trabalho da autora  e poder levá-lo até vocês. Desejamos que essa parceria seja de muito sucesso! Simone, seja bem-vinda ao nosso cantinho, agradecemos a confiança depositada em nosso trabalho!
Que tal conferir um pouco mais sobre o livro e a autora? Abaixo seguem as informações.

Sinopse:


Ethel diz estar morrendo. Contudo, não afirma isso apenas em razão de sua doença. Talvez a única certeza de nossa existência seja a morte, o fato de que ela chega para todos. Mas nem por isso deixa de ser a maior incógnita da vida. Em um hospital, em meio à dor das histórias dos pacientes, Ethel encontrou amigos. Entre passeios em cemitérios, frequentando velórios e enterros de estranhos, ela tenta preparar a si e aqueles que ama, para o que parece estar ali tão próximo, o fim. Entretanto, não esperava enfrentar algumas surpresas que a fizessem duvidar de tal preparação.  As estatísticas ruins, a inexorável passagem do tempo. Onde reside a lógica disso que nos arranca pedaços, da súbita inexistência do que outrora era vívido e pulsante? Um corpo que jaz. Palavras que se perdem. A finitude de tudo o que é tão belo talvez seja a maior dor do mundo. Uma vida para sempre é um compilado de desejos, pensamentos e dias.  Quanto dura o para sempre? Ethel descobriu.

Biografia:


Simone Fávero Taietti nasceu em 1994, ano em que o mundo perdeu Kurt Cobain e Ayrton Senna e em que Nelson Mandela tornou-se o 1º presidente negro da África do Sul. Descobriu, ainda no Ensino Fundamental, sua grande paixão: a escrita. Tem preferência pelas histórias palpáveis, a inconstância da vida, aquilo que pode acometer qualquer um. Em 2011, foi uma das ganhadoras do 7° Prêmio “Construindo a Igualdade de Gênero”, na categoria estudante de Ensino Médio, concorrendo com 3.375 outros textos. Uma vida para sempre é seu primeiro livro publicado. Vive em Tangará, SC. É acadêmica de Direito na Universidade do Oeste de Santa Catarina. Divide seu tempo livre entre a escrita, leitura, estudos e os seriados de que tanto gosta.

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Clare Vanderpool

Resenha: Em Algum Lugar nas Estrelas

16 julho

Em Algum Lugar nas Estrelas escrito por Clare Vanderpool foi uma das minhas melhores leituras do ano até o momento. Ao encerrá-la fiquei com um sentimento de satisfação e felicidade por ter tido a oportunidade de apreciar essa linda história de amizade. Eu não li a sinopse antes de iniciar a leitura e já adianto, se você pretende lê-lo evite-a, ela contém alguns spoilers que podem tirar a magia da história.
Jack Backer é um menino de apenas onze anos que acabou de perder a mãe acometida por um aneurisma e seu relacionamento com o pai não é o melhor. Seu pai é militar e serviu durante a segunda guerra, o que significa que não viu Jack crescer acarretando em dificuldades de comunicação entre os dois após a morte da mãe. Jack cresceu no Kansas, mas devido as mudanças recentes em sua vida seu pai decidiu colocá-lo em um colégio interno naval no Maine, ou seja, do outro lado do país. Logo, Jack se ver em uma escola estranha, onde não conhece ninguém e precisa lidar com novas situações, além de carregar a dor da perda da mãe. No primeiro dia na nova escola ele ver de relance Early Auden, um garoto excêntrico, cheio de convicções e que enxerga nos números cores, texturas e histórias. Juntos ele irão viver uma grande aventura guiados pelas estrelas, além de descobrir uma bela amizade.
Eu não quis entrar em muitos detalhes sobre a leitura pois acredito que a magia está justamente em descobrir a personalidade dos personagens ao mesmo tempo que a aventura se desenvolve, levantando o questionamento sobre o que é real, o que é imaginação e o que é simplesmente mera coincidência. Todos os detalhes da história são vitais para enlaçar toda a trama ao final e dessa forma conduzir o leitor a um emaranhado de emoções e sentimentos.
Durante a leitura eu me afeiçoei aos personagens, pude sentir os sentimentos que cada um carregava, compreender a fase de transição que estavam passando e o significado da jornada que eles tinham pela frente. É perceptível o amadurecimento deles ao longo do desenvolvimento e como cada um enfrenta o luto de uma forma diferente, a jornada interior combinada com a aventura vivida acarretou em grandes aprendizados e deu um significado ainda mais forte para a palavra amizade. Eu acredito que esse é um daqueles livros que sempre irei me recordar da história com muito carinho e que de certa forma irei levar algumas lições para a vida.


Em relação a edição, o trabalho realizado pela DarkSide Books está realmente impecável, o livro está maravilhoso. A fonte é confortável, as folhas são levemente amarelas e possui capa dura. No início de cada capítulo tem um desenho de uma constelação, além disso, o livro possui ilustrações de mapas completos que mostram as estrelas que formam as constelações, indicando a Ursa Maior e outras. No final do livro encontra-se algumas notas da autora que ao meu ver enriqueceram ainda mais o conteúdo do livro, ela explica as motivações ao escrever a história, a pesquisa que realizou, o que é fato e o que ficção.  


 O livro é classificado como literatura fantástica infanto-juvenil, porém recomendo a todos que estão em busca de um livro que retrata histórias de amizade, aventuras e uma jornada de auto-descobrimento e aceitação. Apesar do livro ser narrado por Jack, que é apenas uma criança, a história é capaz de emocionar qualquer faixa etária. A leitura é fluida, a linguagem é simples e seu conteúdo é extraordinário, vale a pena conferir. 

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HQs/Mangás

Resenha: The Innocent

13 julho

The Innocent é o primeiro mangá que eu leio, eu o escolhi por ser volume único, pois acreditava que seria mais fácil para iniciar nesse mundo de quadrinhos japonês. E fui surpreendida com um enredo que prende o leitor do início ao fim e repleto de surpresas. A história foi escrita por Avi Arad que é ex-diretor da Marvel e co-fundador da Marvel Studios, logo esperava bastante ação e algumas semelhanças com os super-heróis do universo Marvel e não estava totalmente enganada. Ao longo da leitura pude perceber alguns detalhes desse universo, nada de super heróis, mas um protagonista com um toque sobrenatural, objetivo e sem frescuras. A temática abordada pelo mangá é a linha tênue entre a vida e a morte, sendo que o protagonista já morreu, mas vamos com calma irei explicar melhor a seguir.
Ash é um detetive que foi condenado injustamente a cadeira elétrica, por esse motivo após a morte ele é incumbido pelo Comitê Angelical para realizar uma missão na Terra. Auxiliado por Angel um anjo que guarda alguns segredos e que não está tão satisfeita por ser babá de um servente, é assim que Ash é chamado já que não é um anjo. A missão consiste em evitar que outro inocente, Joshua, seja condenado a cadeira elétrica por um crime que não cometeu. Ash parece estar bem confortável com o fato de ter morrido, porém pretende utilizar alguns métodos digamos violentos para realizar a sua missão. Angel tenta sempre alertá-lo em relação ao que pode e ao que não pode fazer, porém Ash não a escuta.
Após a morte Ash passa a poder manipular cinzas, como uma espécie de poder, ele consegue transformar cinzas em armas. É fazendo justiça com as próprias mãos que ele pretende enfrentar o verdadeiro culpado tanto pela sua morte, quanto pela condenação de Joshua, o Senador Burnaby e seus comparsas. Ao longo do desenvolvimento novos personagens são inseridos na história como Mila a irmã de Joshua que corre perigo por ter um CD que prova o inocência do irmão, a advogada Rain e o vilão misterioso Wal.
O enredo do mangá é bom, porém um tanto corrido, já que precisa fechar uma história em poucas páginas, sendo que eu acredito que poderia ser muito mais explorada se não fosse volume único. O ritmo da história é bem acelerado, não tem enrolação e em um capítulo muita coisa se resolve. Eu sofri com a ausência de algumas explicações, as condições da morte de Ash ficaram claras, mas senti falta de saber mais sobre algumas conexões de Ash com outros personagens. Angel é outra personagem que merecia ser explorada um pouco mais, ela ficou rasa e acho que a história dela merecia um destaque maior. Um dos vilões o Wal é bem interessante, ele consegue sentir a presença de Ash e se comunicar com ele, vale ressaltar que os outros personagens não conseguem fazer o mesmo apesar de estarem ciente da presença, foi outro ponto que senti falta de uma justificativa.
Como ponto positivo vale ressaltar que o mangá realmente prende a atenção do leitor, os desenhos e os cenários são muito bem feitos e o quadrinho apresenta muita ação. Apesar de não atribuir uma nota alta para a história em questão, eu estou cada vez mais interessada em embarcar nesse universo, acredito que as obras que possuem mais volumes irão sanar melhor a minha necessidade de conhecer os personagens mais a fundo.
Acredito que The Innocent cumpriu bem o papel de abrir as portas do universo dos mangás, já estou me preparando para novas leituras e espero sempre me surpreender nos mais diversos gêneros disponíveis. A partir de agora estarei sempre pesquisando mais a fundo sobre esses quadrinhos e buscando conhecê-los melhor, já até tenho em vista algumas coleções que pretendo ler.

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Gryphus

Resenha: Interestelar

11 julho


Eu adoro uma boa ficção cientifica e quando assisti o filme Interestelar não me decepcionei. Assim que tomei conhecimento da existência do livro baseado no filme tive interesse em lê-lo e através da parceria com a editora Gryphus foi possível realizar essa leitura. Por ser baseado no filme não existe uma discrepância entre o conteúdo dos dois e a experiência de leitura foi realmente boa. Em relação aos detalhes técnicos a leitura foi um pouco mais enriquecedora por conter explicações claras e bem definidas de termos científicos para determinados fenômenos que são apresentados ao longo do enredo, deixando assim a leitura fácil mesmo para leigos (como é o meu caso).
A Terra já não é mais tão propícia para a vida humana, tempestades de poeira ocorrem com frequência e plantações são tomadas por pragas. A educação é básica, poucos são os alunos que são selecionados para frequentar a faculdade e a maioria é designada para cuidar das fazendas. Nada é como antes, os governos entraram em acordo a favor do desarmamento e o fim de programas que poderiam ocasionar guerras e até mesmo a história é alterada para que as pessoas aceitem de bom grado a nova vida. Cooper é viúvo, pai de dois filhos (Tom e Murph), engenheiro, ex-piloto da NASA e mora na fazenda junto com o sogro (Donald), mas nunca aceitou de fato a nova vida, sempre se sentiu inconformado em relação a vida no campo e a paralisação da evolução tecnológica.
Tom e Murph possuem personalidades distintas. Tom tem aptidão para a vida no campo, já Murph tem a personalidade parecida com o pai, estudiosa e cheia de curiosidade para descobrir coisas novas. Murph nota que sempre caem livros de sua estante, em um primeiro momento ela fala que existe um fantasma em seu quarto, porém começa a estudar a fundo com a finalidade de descodificar a mensagem que o “fantasma” quer passar para ela. Após uma tempestade de poeira forte, Murph esquece a janela do quarto aberta, quando Cooper e ela chegam ao quarto notam a presença de um campo gravitacional, Murph fica feliz porque o pai agora acredita nela, o pai passa então a tentar decodificar a mensagem também. Após passar a noite toda observando o evento Cooper chega a conclusão que a mensagem representa as coordenadas de um local e decide ir até lá mesmo sem saber o que o aguarda.
“Para onde iria? A filha tinha uma anomalia gravitacional no quarto. Bem, havia anomalias gravitacionais por todo o mundo; realmente muitas se você não fosse excessivamente criterioso com detalhes. Gravidade e massa eram intimamente ligadas; quanto mais massa uma coisa tivesse, mais ela curvaria o espaço-tempo, mais atrairia outros corpos.”
Murph e Cooper seguem até o local indicado e se deparam com uma estação espacial que ainda está em funcionamento em segredo. Cooper é convidado a integrar a equipe em uma exploração a um buraco de minhoca descoberto a pouco tempo que irá conduzi-los a outra galáxia e assim possibilitar a busca de um novo planeta para ser habitado pelos humanos. Movido pelo senso de explorador Cooper aceita a missão e como consequência sua filha Murph fica chateada com ele por estar indo embora e deixando-a para trás. Cooper porém se mantém firme na decisão e segue com a viagem espacial.
O livro é envolto por alguns mistérios como o que de fato causou o campo gravitacional no quarto, o teor das mensagens que Murph se vê encarregada a desvendar e os mistérios guardados na galáxia a ser explorada por Cooper junto com a sua tripulação. É essa aura de mistérios que confere a trama grandes surpresas e emoções ao longo da leitura. A obra possui um bom embasamento em teorias da física, o que possibilita o leitor a fazer uma imersão nesse universo, mesmo as explicações sendo sucintas, são bem claras e de fácil entendimento.
O livro é narrado em terceira pessoa, sendo o narrador onisciente, citando em algumas partes os pensamentos de alguns personagens. Dessa forma é possível ter uma visão ampla de vários acontecimentos ao longo da trama. Em relação a edição, a capa do livro é a mesma do filme assim como o título. Apesar de não ser fã de livros que apresentam capas iguais aos dos filmes, eu não tive nenhum problema com essa até porque o livro é baseado no filme e não o contrário. As folhas são brancas, a fonte é confortável e o espaçamento entre as linhas é bom. Achei a edição realmente boa.
A leitura é de fato um ótimo complemento para quem já viu o filme, porém se você ainda não assistiu o filme recomendo ler o livro primeiro, pois acredito que será uma experiência ainda mais aprimorada. Se você já assistiu o filme e gostou provavelmente irá apreciar da mesma maneira. Se por acaso se perdeu em algum momento do filme, no livro com certeza irá encontrar a resposta e poderá compreender melhor esses pontos. Enfim, recomendo a leitura para todos que apreciam uma boa ficção científica rica em exploração espacial.
Onde comprar:
Saraiva
Cultura

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Arqueiro

Resenha: Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática

09 julho

Já li muitos livros da Thalita Rebouças e quando fiquei sabendo desse novo lançamento eu fiquei bem empolgada pra ler. Apesar do livro ser clichê, lembrando os filmes da Sessão da Tarde, com a narrativa bem adolescente, de forma leve, a autora retrata problemas cotidianos da adolescência e ao mesmo tempo difíceis de lidar.
Tetê é uma adolescente de 15 anos que está acima do peso, não tem vaidade, não tem amigos e se mudou com os pais para morar em Copacabana com os avós. Agora, ela divide o quarto com o seu bisavó e tem que suportar a família que não perde tempo em criticá-la. Depois de um período difícil no ensino fundamental, Tetê está com muito medo da nova escola, do que pode acontecer com ela, de não ter nenhum amigo. Para completar sua infelicidade, seu nome Teanira é mais um motivo de sofrimento: a junção de de Djanira mais Tércio que são os nomes dos seus avós.
Mesmo com muito medo do ensino médio, ao entrar na sala, Tetê conhece Davi, um garoto nerd que assim como ela sente-se deslocado da turma. Para completar o grupo, ela conhece Zeca, um garoto que vai ajudar Tetê a olhar para si mesma de uma forma diferente e esse trio forma uma grande amizade.
Como um bom livro para adolescentes, não poderia faltar um amor para sonhar: Erick é o garoto lindo, mais popular do colégio que até deixa Tetê sem fala e além de tudo a trata muito bem. Ao contrário dele, Valentina é a namorada de Erick e faz de tudo para dificultar a vida de Tetê e fazer com que ela não se sinta bem.
Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática, é um livro incrível narrado em primeira pessoa que retrata temas como o bullyng e também como a autoestima que fazem parte da vida dos adolescentes. Thalita mais uma vez mostrou o seu talento ao incorporar a adolescência e retratar o cotidiano complicado dos personagens.
Tetê é uma personagem que sofre pelo seu físico e não se importa em ter vaidade. Porém Zeca faz de tudo para que ela se cuide e se olhe no espelho de uma forma diferente, querendo levantar sua autoestima. Davi é um pouco tímido, mas de forma simples ele também vai conquistando o seu lugar na trama. E as amizades levam a outro ponto: o quanto é importante ter pessoas ao nosso lado que fazem bem e querem a nossa felicidade.
O livro é bem tranquilo e durante a leitura me diverti bastante com as confusões em que Tetê se metia. Ao longo da leitura, foi possível ver o amadurecimento dos personagens e o quanto o bullyng pode ser difícil de ser superado por uma pessoa. Ao mesmo tempo em que autora trouxe uma narrativa engraçada, não deixou de ser reflexiva levando em conta tudo o que a personagem passou.
Como a personagem é apaixonada pela cozinha, foram colocadas algumas receitas bem fáceis no livro que podem ser preparadas até mesmo por quem não tem muita prática. Os desenhos também estão muito fofos e só a capa já chama muita atenção.
Para quem gosta de livro adolescente, clichê, com personagens bem divertidos, que mostra a importância da superação e que é possível seguir em frente, esse é o livro que indico para você!

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